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Pastor na Igreja Batista Viva Yahweh Shammah - sede - Bomba do Hemetério - Recife-PE - Casado com Tatiana Santa Cruz e pai de Stefany Victória e Sophia Victória. "Instruir o povo na adoração a Deus e viver a simplicidade do Evangelho de Jesus Cristo é a missão que me foi confiada".

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Cientistas tentam explicar como o mar vermelho foi aberto!

Posted: 28 Sep 2010 07:49 AM PDT

Do Christian Post

Pesquisadores usaram simulações para tentar explicar o milagre

A divisão do Mar Vermelho é uma das mais famosas histórias da Bíblia e agora os cientistas acreditam ter descoberto como isso aconteceu.

Cientistas do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica em Colorado, EUA, usou simulações de computador para avaliar o impacto de um forte vento no Mar Vermelho.

Eles concluíram que um forte vento leste a 60 km /h, soprando por 12 horas, poderia ter empurrado para trás as águas em uma curva onde o rio corria. Por sua vez, teria criado uma ponte de terra que teria sido suficientemente larga para as pessoas atravessarem.

“As simulações são bastante parecidas com o relato do Êxodo”, disse Carl Drews, que liderou a equipe de pesquisadores.

O relato do Antigo Testamento fala de como Moisés estendeu sua vara sobre o mar e dividiu as águas. Os israelitas, que estavam fugindo do exército de Faraó, foram capazes de atravessar.

Drew explicou que a separação das águas pode ser entendida através da ´dinâmica de fluidos`. “O vento soprou sobre um corpo de água e por isso expôs a área seca. Esse é um fenômeno bem conhecido. Mas a parte mais complicada é fazer com que a água se dividisse em ambos os lados da travessia.”

O relato bíblico, observou ele, descreve uma parede de água tanto da esquerda quanto da direita dos israelitas quando atravessaram.

Pesquisas anteriores disseram que um recife subaquático foi exposto e foi aí que a travessia teve lugar. Drews, no entanto, encontrou em sua pesquisa que é difícil deixar o recife “completamente seco” no curso de 12 horas.

Assim, ele propôs um outro mecanismo onde existe uma curva no corpo da água.

“Quando o vento sopra, a água muda e se divide no momento da curva. E tal lugar ocorre no Delta do Nilo Oriental”, explicou.

A equipe de investigação usou dados a partir de imagens de satélite e mapas, bem como os registros arqueológicos para recriar a lagoa, que teria sido de 3.000 anos atrás.

Os resultados foram publicados na última edição da revista PLoS One.


terça-feira, 14 de setembro de 2010

Papa reconhece perda de fiéis para a igreja evangélica brasileira

O papa Bento XVI denunciou nesta sexta-feira a crescente perda de fiéis pela Igreja Católica brasileira e a rápida expansão no país das comunidades evangélicas e neopentecostais.

- Se observa uma crescente influência de novos elementos na sociedade, que até poucos anos não existiam. Isto provoca um crescente abandono por parte de muitos católicos, ao mesmo tempo em que se observa no panorama religioso do Brasil a rápida expansão das comunidades evangélicas e neopentecostais – disse o Papa.

Bento XVI recebeu bispos brasileiros dos estados da Bahia e Sergipe no Castelo Gandolfo, a 30 km de Roma, na visita ”ad limina”, em que, a cada cinco anos, o Pontífice se encontra com bispos de cada país.

O Papa afirmou que este afastamento da Igreja se deve a uma “evangelização, a nível pessoal, às vezes superficial”.

- Às vezes os batizados não são suficientemente evangelizados, e as pessoas se tornam facilmente influenciáveis, possuem uma fé frágil, baseada em uma ingênua devoção – disse.

Bento XVI pediu à Igreja Católica que se empenhe na hora da evangelição e que não poupe esforços na busca por católicos que tenham se afastado da igreja e por pessoas que conhecem pouco ou nada da mensagem evangélica.

O Papa assinalou que é necessário reforçar o “diálogo ecumênico” diante da multiplicação incessante de novos grupos, que às vezes fazem uso de um proselitismo agressivo.

A visita dos bispos da Bahia e Sergipe começou no último dia 1º e termina neste sábado, dia 11. Participam o bispo de Bonfim, dom Francisco Canindé Palhano; o bispo de Irecê, dom Tommaso Cascianelli; o bispo de Juazeiro, dom José Geraldo da Cruz; o bispo de Paulo Afonso, dom Guido Zendron, e o bispo de Ruy Barbosa, dom André de Witte.

De acordo com o site da CNBB, em entrevista à Rádio Vaticano, o bispo auxiliar de Salvador, dom João Carlos Petrini, falou sobre algumas recomendações dadas pelo Papa aos bispos.

- Nas Congregações que passamos, durante a visita, estamos sendo lembrados de termos um cuidado amoroso com o povo para não passarmos por cima da religiosidade popular. Somos pedidos para respeitar e valorizar a riqueza de fé que espontaneamente o povo brasileiro tem e para acolher e abraçar com o Evangelho de Jesus toda essa realidade de sofrimento e riqueza humana que o povo brasileiro carrega – disse o bispo.

O Papa recebe ainda este ano os bispos do Rio de Janeiro (de 20 a 27 de setembro), do Amazonas e Roraima (1 a 9 de outubro) e do Paraná (4 a 13 de novembro).

Leia a íntegra do discurso do Papa aos bispos:

“Saúdo calorosamente a todos vós, por ocasião da vossa visita ad Limina a Roma, aonde viestes reforçar os vossos vínculos de comunhão fraterna com o Sucessor de Pedro e por ele serdes animados na condução do rebanho de Cristo. Agradeço as amáveis palavras que Dom Ceslau Stanula, Bispo de Itabuna, dirigiu-me em vosso nome, e vos asseguro as minhas orações pelas vossas intenções e pelo amado povo nordestino, do vosso regional Nordeste 3.

Há mais de cinco séculos, justamente na vossa região, se celebrava a primeira Missa no Brasil, tornando realmente presente o Corpo e o Sangue de Cristo para a santificação dos homens e das mulheres desta bendita nação que nasceu sob os auspícios da Santa Cruz. Era a primeira vez que o Evangelho de Cristo vinha a ser proclamado a este povo, iluminando a sua vida diária. Esta ação evangelizadora da Igreja Católica foi e continua sendo fundamental na constituição da identidade do povo brasileiro caracterizada pela convivência harmônica entre pessoas vindas de diferentes regiões e culturas. Porém, ainda que os valores da fé católica tenham moldado o coração e o espírito brasileiros, hoje se observa uma crescente influência de novos elementos na sociedade, que há algumas décadas eram-lhe praticamente alheios. Isso provoca um consistente abandono de muitos católicos da vida eclesial ou mesmo da Igreja, enquanto no panorama religioso do Brasil, se assiste à rápida expansão de comunidades evangélicas e neopentecostais.

Em certo sentido, as razões que estão na raiz do êxito destes grupos são um sinal da difundida sede de Deus entre o vosso povo. É também um indício de uma evangelização, a nível pessoal, às vezes superficial; de fato, os batizados não suficientemente evangelizados são facilmente influenciáveis, pois possuem uma fé fragilizada e muitas vezes baseada num devocionismo ingênuo, embora, como disse, conservem uma religiosidade inata. Diante deste quadro emerge, por um lado, a clara necessidade que a Igreja católica no Brasil se empenhe numa nova evangelização que não poupe esforços na busca de católicos afastados bem como daquelas pessoas que pouco ou nada conhecem sobre a mensagem evangélica, conduzindo-os a um encontro pessoal com Jesus Cristo, vivo e operante na sua Igreja. Por outro lado, com o crescimento de novos grupos que se dizem seguidores de Cristo, ainda que divididos em diversas comunidades e confissões, faz-se mais imperioso, da parte dos pastores católicos, o compromisso de estabelecer pontes de contato através de um sadio diálogo ecumênico na verdade.

Tal esforço é necessário, antes de qualquer coisa, porque a divisão entre os cristãos está em contraste com a vontade do Senhor de que «todos sejam um» (Jo 17,21). Além disso, a falta de unidade é causa de escândalo que acaba por minar a credibilidade da mensagem cristã proclamada na sociedade. E hoje, a sua proclamação é talvez ainda mais necessária do que há alguns anos atrás, pois, como bem demonstram os vossos relatórios, mesmo nas pequenas cidades do interior do Brasil, observa-se uma crescente influência negativa do relativismo intelectual e moral na vida das pessoas.

Não são poucos os obstáculos que a busca da unidade dos cristãos tem por diante. Primeiramente, deve-se rejeitar uma visão errônea do ecumenismo, que induz a um certo indiferentismo doutrinal que procura nivelar, num irenismo acrítico, todas as “opiniões” numa espécie de relativismo eclesiológico. Paralelamente a isto está o desafio da multiplicação incessante de novos grupos cristãos, alguns deles fazendo uso de um proselitismo agressivo, o que mostra como a paisagem do ecumenismo seja ainda muito diferenciada e confusa.

Em tal contexto – como afirmei em 2007, na Catedral da Sé em São Paulo, no inesquecível encontro que tive convosco, bispos brasileiros – «é indispensável uma boa formação histórica e doutrinal, que habilite ao necessário discernimento e ajude a entender a identidade específica de cada uma das comunidades, os elementos que dividem e aqueles que ajudam no caminho da construção da unidade. O grande campo comum de colaboração devia ser a defesa dos fundamentais valores morais, transmitidos pela tradição bíblica, contra a sua destruição numa cultura relativista e consumista; mais ainda, a fé em Deus criador e em Jesus Cristo, seu Filho encarnado» (n. 6). Por essa razão, vos incentivo a prosseguir dando passos positivos nesta direção, como é o caso do diálogo com as igrejas e comunidades eclesiais pertencentes ao Conselho Nacional das Igrejas Cristãs, que com iniciativas como a Campanha da Fraternidade Ecumênica ajudam a promover os valores do Evangelho na sociedade brasileira.

Prezados irmãos, o diálogo entre os cristãos é um imperativo do tempo presente e uma opção irreversível da Igreja. Entretanto, como lembra o Concílio Vaticano II, o coração de todos os esforços em prol da unidade há de ser a oração, a conversão e a santificação da vida (cf. Unitatis redintegratio, 8). É o Senhor quem doa a unidade, esta não é uma criação dos homens; aos pastores lhes corresponde a obediência à vontade do Senhor, promovendo iniciativas concretas, livres de qualquer reducionismo conformista, mas realizadas com sinceridade e realismo, com paciência e perseverança que brotam da fé na ação providencial do Espírito Santo.

Queridos e venerados irmãos, procurei evidenciar brevemente neste nosso encontro alguns aspectos do grande desafio do ecumenismo confiado à vossa solicitude apostólica. Ao despedir-me de vós, reafirmo uma vez mais a minha estima e a certeza das minhas orações por todos vós e pelas vossas dioceses. De modo particular, quero aqui renovar a expressão da minha solidariedade paterna aos fiéis da diocese de Barreiras, recentemente privados da guia do seu primeiro e zeloso pastor Dom Ricardo José Weberberger, que partiu para a casa do Pai, meta dos passos de todos nós. Que repouse em paz! Invocando a intercessão de Nossa Senhora Aparecida, concedo a cada um de vós, aos sacerdotes, aos religiosos, às religiosas, aos seminaristas, aos catequistas e a todo povo a vós confiado uma afetuosa Bênção Apostólica.”

Fonte: O Globo

sábado, 11 de setembro de 2010

Uma agenda para o voto consciente por parte dos evangélicos!


A política é o espaço do bem comum, podendo ser, portanto, entendida como uma forma de praticar o amor cristão, na medida em que, através dela, o bem e a justiça podem chegar a todos. Mas para que isso aconteça, é necessário que a ação política seja baseada em valores éticos. Além disso, a transformação da conjuntura social de acordo com a cosmovisão cristã é, também, uma forma de evangelizar. Portanto, com o objetivo de propor o voto consciente e responsável aos cristãos evangélicos, sugerimos alguns elementos que deverão ser considerados na hora da sua escolha eleitoral:

1. Conhecer as idéias e valores do candidato e sua história pessoal, pois somente assim é possível avaliar bem os compromissos da campanha eleitoral. Decência pessoal e escala de valores, orientada para o interesse público, é o que se deve buscar num candidato. Se ele se identifica como cristão, é importante saber a que igreja ou comunidade ele está filiado, e se ele a freqüenta regularmente, buscando conselho e prestando contas à mesma.

2. Também se deve considerar se seus projetos estão de acordo com os do partido ao qual ele está filiado, pois ao votar em um candidato vota-se também num partido, ajudando a eleger candidatos do mesmo partido. Por isso, é preciso conhecer os programas e a filosofia do partido. No caso de candidatos evangélicos, se deve averiguar se estes e seus partidos não somente afirmam, mas estão comprometidos com a separação entre a igreja e o estado, lembrando que toda autoridade procede de Deus.

3. Lutar contra todas as formas de corrupção (a) apoiando mecanismos de controle do uso do dinheiro público e das prioridades do governo; (b) colaborando para que projetos tais como o Ficha Limpa, que tratem sobre a ética nas eleições, sejam conhecidos e aplicados; (c) denunciando o uso da máquina administrativa federal, estadual ou municipal para favorecer determinados candidatos; (d) em conformidade com a lei no 9.840, denunciando a compra de votos através de dinheiro ou promessas de vantagens pessoais, assim como quem obrigue os eleitores a votar em determinados candidatos, seja por meio de ameaças, seja através de pressão religiosa.

4. Apoiar propostas que defendam a vida e a dignidade do ser humano em qualquer circunstância. A vida humana é sagrada, desde sua concepção até a morte natural. Portanto, defender a vida inclui (a) combater o aborto e a eutanásia; (b) reprimir a violência por meio de políticas de segurança pública realistas; (c) promover uma ética do trabalho que enfatize virtudes bíblicas tais como honestidade, pontualidade, diligência, obediência ao quarto mandamento (“seis dias trabalharás”), obediência ao oitavo mandamento (“não furtarás”) e obediência ao décimo mandamento (“não cobiçarás”); (d) defender o direito à propriedade privada como direito fundamental (cf. Êx 20.15, 17; 1Rs 21).

5. Analisar se o candidato defende a liberdade de educação e a formação integral do ser humano, inclusive em sua dimensão religiosa, deste modo promovendo uma escola digna e de qualidade para todos. Verificar também se ele promove as liberdades individuais, por meio do estabelecimento de normas gerais de conduta, que redundem em liberdade de expressão, associação e de imprensa.

6. Rejeitar candidatos e partidos com ênfases estatizantes e intervencionistas nas esferas familiar, eclesiástica, artística, trabalhista e escolar, que conceba um ambiente onde se tem pouca ou nenhuma liberdade pessoal e nenhuma liberdade econômica. Para a fé cristã, a família, a igreja, o trabalho e a escola são esferas independentes do estado, pois existem sem este, derivando sua autoridade somente de Deus. Logo, o papel do estado é mediador, intervindo quando as diferentes esferas entram em conflito entre si ou para defender os fracos contra o abuso dos demais. Conseqüentemente, os cristãos devem resistir a todo sistema político totalitário (cf. At 5.29; Ap 13.1-18).

7. Repudiar ministros, igrejas ou denominações que tentem identificar determinada ideologia com o reino de Deus ou com a mensagem bíblica. Como afirma a Declaração de Barmen [8.18], “rejeitamos a falsa doutrina de que à Igreja seria permitido substituir a forma da sua mensagem e organização, a seu bel-prazer ou de acordo com as respectivas convicções ideológicas e políticas reinantes”. A igreja, ao proclamar com fidelidade a Palavra de Deus, influencia o estado, de modo que suas leis se conformem com a vontade de Deus, decorrendo daí conseqüências políticas de tal fidelidade ao chamado primário da comunidade cristã.

8. Apoiar candidatos comprometidos com propostas e leis que sejam derivadas da lei de Deus, como revelada nas Escrituras, posto que esta é a fonte absoluta e final da ética pessoal, eclesiástica e social. Há que se ter compromisso por parte do candidato com o contrato social, que é um acordo entre os membros de uma sociedade pelo qual reconhecem a autoridade sobre todos de um conjunto de regras, a constituição, que limita o poder, organiza o estado e define direitos e garantias fundamentais.

9. Valorizar candidatos e partidos comprometidos com o modelo republicano de governo, no qual a nação é governada pela lei constitucional e administrada por representantes eleitos pelo povo, assim como a divisão e a separação dos poderes executivo, legislativo e judiciário, de modo que nenhum governo ou ramo do governo monopolize o poder. Assim também valorizar aqueles que respeitem a alternância do poder civil, que impede que um partido ou autoridade se perpetue no poder, assim como a defesa do pluralismo político e partidário.

10. Apoiar candidatos que enfatizem as funções primordiais do Estado, onde os governantes têm a obrigação de zelar pela segurança do povo, pela qual pagamos tributos (cf. Rm 13.1-7), assim como ressaltem a limitação do poder do estado, pois a partir das Escrituras, entende-se que o governo civil não tem autoridade para impor impostos exorbitantes, redistribuir propriedades ou renda, criar zonas francas ou confiscar depósitos bancários.

Pedimos que o Cristo Rei, o único e absoluto soberano e Senhor, nos sustente e nos conduza sempre em nossas opções políticas. Façamos destas eleições um gesto de amor a este país e a nossos irmãos e irmãs, para maior glória de Deus.

Bibliografia para aprofundamento:
• “A Declaração Teológica de Barmen”, em A Constituição da Igreja Presbiteriana Unida dos Estados Unidos da América, Parte 1: Livro de Confissões (São Paulo: Missão Presbiteriana do Brasil Central, 1969), 8.01-8.28.
• Johannes Althusius, Política (Rio de Janeiro: Top Books, 2003).
• Alain Besançon, A infelicidade do século (Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000).
• João Calvino, As Institutas ou Tratado da Religião Cristã. ed. latina de 1559 (São Paulo: Cultura Cristã, 2006), IV.20.1-32.
• W. Gary Crampton & Richard E. Bacon, Em direção a uma cosmovisão cristã (Brasília: Monergismo, 2009).
• Abraham Kuyper, Calvinismo (São Paulo: Cultura Cristã, 2002).
• Augustus Nicodemus Lopes, Ética na política e a universidade: Carta de princípios 2006 (São Paulo: Universidade Presbiteriana Mackenzie, 2006).
• F. Solano Portela, “Estado e política em João Calvino, na Confissão de Fé de Westminster e em Abraham Kuyper”, em Franklin Ferreira (ed.), “A glória de sua graça”: ensaios em honra a J. Richard Denham (São José dos Campos, Fiel, 2010), no prelo.
• Francis Schaeffer, A igreja no século 21(São Paulo: Cultura Cristã, 2010).
• Voto consciente: dever do cristão (Rio de Janeiro: Arquidiocese do Rio de Janeiro, s/d.)

Fonte: Blog da fiel

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O engano da salvação pelas obras

O Engano da Salvação Pelas Obras

“Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é mediante a lei, segue-se que morreu Cristo em vão” (Gálatas 2.21).

Quando comparamos o Cristianismo Bíblico com as religiões do mundo, utilizando as Escrituras para nos guiar, vemos que a lacuna entre eles é intransponível. Na verdade, somos forçados a concluir que realmente há apenas duas religiões no mundo: o Cristianismo Bíblico de um lado, e todas as outras religiões, de outro. (Refiro-me ao cristianismo bíblico como uma “religião” apenas para propósitos comparativos: uma religião é um sistema de crenças elaboradas pelo homem, enquanto que o Cristianismo Bíblico é o que Deus revelou à humanidade).

Essas duas “religiões” são diferenciadas principalmente por aquilo que ensinam a respeito da salvação – como uma pessoa pode chegar ao Céu, ao Paraíso, ao Valhalla, ao Nirvana ou à morada de Deus, ou seja lá o que as pessoas crêem sobre a vida após a morte. Cada uma pode ser classificada em uma destas categorias: (1) o que o ser humano tem de realizar ou (2) o que Deus consumou (através de Jesus). Em palavras mais simples: a religião do “Fazer” ou a do “Feito”. Estou me referindo ao fato de que: (1) ou há coisas que devemos fazer (realizações humanas) ou (2) não há nada que possamos fazer porque tudo já foi feito (consumação divina) para ganharmos a entrada no céu.

Apenas o Cristianismo bíblico está na categoria de consumação divina. Todas as outras religiões do mundo devem ser classificadas sob o rótulo de realizações humanas. Consideremos primeiro algumas das religiões mais importantes, como o hinduísmo, o budismo, o islamismo, o judaísmo e determinadas denominações ou seitas que professam ser cristãs.

O hinduísmo é um sistema de obras que envolve a prática de yoga, cuja finalidade jamais foi melhorar a saúde de alguém (contrariamente ao que muitos ouviram falar).

O hinduísmo tem cerca de 330 milhões de deuses que precisam ser apaziguados por meio de algum tipo de ritual. Dois anos atrás, fiz uma visita a um enorme templo hindu nas vizinhanças de Chicago. O estacionamento estava repleto de carros luxuosos. O revestimento era de pedras importadas da Itália. Não foram poupados recursos financeiros na construção. Do lado de dentro, médicos, advogados e engenheiros, dentre outros (de acordo com meu guia turístico), estavam servindo refeições aos ídolos: a Hanuman, o deus-macaco, e a Ganesha, o deus-elefante.

O hinduísmo é um sistema de obras – coisas que a pessoa precisa fazer para atingir o moksha, que é o paraíso hindu. Ele envolve a prática de yoga, cuja finalidade, contrariamente ao que muitos ouviram falar, jamais foi melhorar a saúde de alguém. Em vez disso, é um meio de morrer para seu próprio corpo na esperança de se livrar do âmbito físico. Isso supostamente une a pessoa a Brahman, a suprema deidade do hinduísmo. A reencarnação, um sistema que supostamente capacita a pessoa a construir seu caminho para o céu através de muitos nascimentos, mortes e renascimentos, é outro dos ensinamentos dessa religião.

O budismo também se baseia primeiramente em obras. Buda cria que a chave para se alcançar o Nirvana, que é alegadamente o estado de perfeição e de felicidade, é através de um entendimento dasQuatro Nobres Verdades, e através da prática do Nobre Caminho Óctuplo.

Em essência, as Quatro Nobres Verdades declaram que nós suportamos o sofrimento por causa de nossos desejos ou de nossos anelos. Essas “Verdades” afirmam que o sofrimento cessará quando pararmos de tentar satisfazer aqueles desejos. De acordo com o budismo, podemos atingir isso seguindo o Nobre Caminho Óctuplo, o qual possui os elementos da “visão correta, intenção correta, fala correta, ação correta, sustento correto, esforço correto, cuidado correto, e concentração correta”. Tudo isso é feito por meio dos esforços humanos, isto é, “por se fazerem as coisas corretas” a fim de se atingir o Nirvana.

No islamismo, o paraíso é obtido quando Alá pesa as obras boas e os feitos maus em uma balança no Dia do Julgamento
O Corão declara: “Pois as coisas que são boas removem as que são más” (Sura 11:114). É um processo quantitativo. As boas obras devem ultrapassar ou obscurecer os feitos maus. Também se lê no Ccorão: “A balança daquele dia será verdadeira: Aqueles cuja balança [de boas obras] tiver bastante peso prosperarão: Aqueles cuja balança for leve terão suas almas na perdição” (Sura 7:8,9).

Eis aqui um exemplo interessante daquilo que um muçulmano enfrenta para chegar ao paraíso: no dia 3 de abril de 1991, a revista egípcia Akher Saaregistrou um debate acalorado entre quatro mulheres jornalistas e o sheik Dr. Abdu-Almonim Al-Nimr, que ocupa uma posição elevada na Universidade Islâmica Al-Azhar (no Cairo, Egito, a mais prestigiosa instituição islâmica sunita). Uma das jornalistas perguntou-lhe: “No islamismo, as mulheres são obrigadas a usar o jihab [um véu ou uma cobertura para a cabeça]? Se eu não usar o jihab, irei para o inferno a despeito de minhas outras boas obras? Estou falando sobre a mulher decente que não usa o jihab”.

O Corão declara: “Pois as coisas que são boas removem as que são más” (Sura 11:114). É um processo quantitativo. As boas obrasdevem ultrapassar ou obscurecer os feitos maus.

O Dr. Al-Nimr respondeu: “As ordenanças no islamismo são muitas, minha filha, e Alá nos faz prestar contas por cada uma delas. Isso significa que, se você agir de acordo com aquela ordenança, ganha um ponto. Se você negligenciar uma ordenança, perde um ponto. Se você orar, ganha um ponto; se você não jejuar, perde um ponto; e assim por diante”. E ele continuou: “Eu não inventei uma nova teoria. (…) Para cada homem há um livro no qual todas as suas boas obras e os seus feitos maus são registrados, até mesmo como tratamos nossos filhos”.

A jornalista disse: “Isso significa que, se eu não usar o jihab, não irei para o fogo do inferno sem que se leve em consideração o restante de minhas boas obras”. O Dr Al-Nimr replicou: “Minha filha, ninguém sabe quem irá para o fogo do inferno. (…) Eu posso ser o primeiro a ir para lá. O califa Abu-Bakr Al-Sadik disse: “Não tenho a menor confiança nos esquemas de Alá, mesmo que um de meus pés esteja dentro do paraíso, quem poderá determinar qual obra é aceitável e qual não é?”. Você faz tudo o que pode, e a prestação de contas é com Alá. Peça a ele que a aceite”.

No judaísmo, o céu é alcançado por aquele que guarda a Lei e seus cerimoniais.Obviamente, isso não é consistente com o que o Tanakh[Antigo Testamento] ensina, mas essa tem sido a prática do judaísmo por milênios. Como disse Jesus:“E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens” (Mateus 15.9).

Suas palavras também se aplicam a uma série de denominações e cultos “cristãos” que enfatizam as obras como sendo necessárias para a salvação. Os Testemunhas de Jeová, os Mórmons, os Adventistas do Sétimo Dia, os adeptos da Igreja de Cristo, os Católicos Romanos, os membros das igrejas Ortodoxas Oriental e Russa, muitos Luteranos, e inúmeros outros.Todos incluem algo que precisa ser realizado ou que é necessário para a salvação, seja o batismo, os sacramentos, ou a filiação a uma determinada organização e a observância de seus requisitos.

Aqui está um exemplo extraído dos primeiros 30 anos de minha própria vida como católico romano. Eu vivia por um sistema religioso de leis, muitas das quais os católicos são obrigados a guardar. O começo é o batismo. Se uma pessoa não é batizada, a Igreja diz que ela não pode entrar no céu. A Igreja também diz que, embora o batismo seja exigido, ele não é nenhuma garantia. Existem muitas outras regras que um católico tem que observar.

Há obrigações que um católico deve satisfazer com respeito tanto às crenças quanto às obras.

Tenho um livro em meu escritório chamado Código da Lei Canônica. Ele contém 1.752 leis, muitas das quais afetam o destino eterno de uma pessoa. Os pecados reconhecidos pela Igreja Católica Romana são classificados como mortais ou veniais. Um pecado mortal é aquele que amaldiçoa uma pessoa, condenando-a ao inferno, se essa pessoa morrer sem tê-lo confessado e sem ter sido absolvida dele por um sacerdote. Um pecado venial não precisa ser confessado a um sacerdote, mas, confessado ou não, todo pecado acrescenta tempo de punição à pessoa. O pecado venial deve ser expiado aqui na terra através do sofrimento e das boas obras ou então ser purgado nas chamas do purgatório após a morte da pessoa.

Há obrigações que um católico deve satisfazer com respeito tanto às crenças quanto às obras. Por exemplo, a pessoa precisa crer que Maria foi concebida sem pecado (um evento chamado de Imaculada Conceição). Se um católico não crer nisso, ele comete um pecado mortal, que carrega a penalidade da perdição eterna. O dia da Imaculada Conceição é dia santo de guarda, dia em que todos os católicos devem assistir à missa. A pessoa que não fizer assim pode estar cometendo um pecado mortal.

Todos os sistemas de crenças que mencionei, e também muitos outros, consistem em fazer ou não fazer determinadas coisas para alcançar o “céu”. Todos são baseados nas realizações humanas. Mas, e o Cristianismo Bíblico? É diferente? Como?

Muitos sistemas de crenças consistem em fazer ou não fazer determinadas coisas para alcançar o “céu”. Todos são baseados nas realizações humanas.

Efésios 2.8-9 deixa claro: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”.Isso é bem direto. Nossa salvação não tem nada a ver com nossas realizações.

O versículo 8 nos diz que é pela graça que somos salvos. A graça é um favor imerecido. Se qualquer mérito estiver envolvido, não pode ser graça. A graça é um presente de Deus. Portanto, se for pela graça, não pode ser pelas obras. Isso parece bastante óbvio. Alguém trabalha duramente por um mês e seu patrão chega até ele, com seu cheque de pagamento na mão, e diz: “Muito bem, José, aqui está o seu presente!” Não! José trabalhou por aquilo que está sendo pago. Não há nenhum presente envolvido.

No que se refere a um trabalhador, Romanos 4.4 nos diz que seu salário é o pagamento por aquilo que seu empregador lhe deve, e que seu cheque de pagamento não tem nada a ver com a graça nem com um presente. Um trabalhador que fez um bom trabalho pode se gabar ou sentir orgulho por aquilo que realizou. Todavia, tudo isso é contrário à graça ou a um presente. A graça não dá lugar para nenhuma sensação de mérito próprio, e um presente liquida qualquer sensação de algo que foi merecido ou que foi entregue em pagamento por serviço prestado.

O ensinamento de Paulo aos efésios é reafirmado na Epístola a Tito:

“Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna” (Tito 3.4).

Podemos perceber que isso é consistente com Efésios 2.8-9. Não é por meio de nossas obras que somos salvos – não é por meio de obras de justiça que fizemos – somos salvos por meio da misericórdia dEle. Você pode muito bem imaginar que, como católico romano, condicionado por uma vida de regras e rituais da Igreja, tive grande dificuldade para crer que a fé era a única base por meio da qual eu poderia entrar no céu. Isso não fazia sentido para mim.

“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus” (Efésios 2.8)

Bem, não apenas faz sentido, mas é a única maneira por meio da qual uma pessoa pode ser salva. Isso é algo miraculosamente sensato!

Primeiro, o que impede uma pessoa de ir para o céu ou de desfrutar da vida eterna com Deus? Sabemos que a resposta é “o pecado”. Segue abaixo uma pequena amostra de versículos que se aplicam:“Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23); “Porque o salário do pecado é a morte” (Romanos 6.23);“Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus” (Isaías 59.2); “A alma que pecar, essa morrerá” (Ezequiel 18.20); “E o pecado, uma vez consumado, gera a morte” (Tiago 1.15).

Em Gênesis 2, Deus explica a Adão as conseqüências da desobediência a Ele. Adão foi admoestado a não comer de um determinado fruto no Jardim do Éden. Esse foi um mandamento relacionado com a obediência e o amor – e não que Deus estivesse retendo algo de Adão, como sugeriu a Serpente. Lembramos que Jesus disse: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra”, ou seja, guardará os Seus ensinamentos (João 14.23). Nosso amor por Deus é demonstrado por nossa obediência.

Qual foi a penalidade estabelecida por Deus para a desobediência? Gênesis 2.17 diz: “Porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás”. Adão e Eva amaram a si mesmos mais do que a Deus porque não “guardaram a palavra dEle”. Eles Lhe desobedeceram e a conseqüência foi a morte. “Porque, no dia em que comessem do fruto, certamente morreriam”. Nas Escrituras, a morte sempre envolve a separação, e, no julgamento de Deus sobre eles, duas aplicações são encontradas: (1) a morte física (a degeneração do corpo, levando finalmente à sua separação da alma e do espírito), e (2) a separação eterna de Deus.

Adão e Eva não morreram instantaneamente, mas o processo de morte começou naquele momento para eles e para toda a criação. Entretanto, seu relacionamento espiritual com Deus mudou imediatamente e para sempre. O julgamento de Deus pelo pecado é eterno: separação de Deus para sempre. É uma penalidade infinita. E Deus, que é perfeito em todos os Seus atributos, inclusive em justiça, tinha que efetuar a punição. Deus não podia permitir que eles saíssem em segredo e simplesmente tivessem uma nova oportunidade. Isso teria significado que Ele não era perfeitamente fiel à Sua Palavra. A penalidade tinha que ser paga.

Adão e Eva não morreram instantaneamente quando desobedeceram, mas o processo de morte começou naquele momento para eles e para toda a criação. Entretanto, seu relacionamento espiritual com Deus mudou imediatamente e para sempre. O julgamento de Deus pelo pecado é eterno: separação de Deus para sempre. Então, o que Adão e Eva poderiam fazer?

Então, o que Adão e Eva poderiam fazer? Nada, exceto morrer física e espiritualmente, que é ficar separado de Deus para sempre. E, o que o restante da humanidade pode fazer, visto que todos pecaram? Nada. Bem, alguém pode perguntar: E o que acontece se nós fizermos todo tipo de boas obras que possam suplantar nossos pecados, ou se formos sempre à igreja, ou se formos batizados, fizermos obras religiosas, recebermos os sacramentos e assim por diante? Nenhuma dessas coisas pode nos ajudar. Por quê? Porque elas não pagam a penalidade. Então, o que podemos fazer? Não há nada que possamos fazer, exceto pagarmos nós mesmos a penalidade, sendo separados de Deus para sempre.

Nossa situação seria absolutamente sem esperanças; entretanto, Deus possui alguns outros atributos além de ser perfeitamente justo. Ele também é perfeito em amor e em misericórdia! “Porque Deus amou o mundo de tal maneira” que enviou Seu Filho unigênito para pagar a penalidade em nosso lugar (João 3.16).

E isso é exatamente o que Jesus fez na Cruz. É incompreensível para nós que, durante aquelas três horas de trevas – quando bradou: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mateus 27.46) – Ele tomou sobre Si os pecados do mundo e sofreu a ira de Seu Pai em nosso lugar. Na Cruz, Ele[provou] a morte por todo homem” (Hebreus 2.9), ou seja, Ele experimentou e pagou a penalidade infinita pelos pecados de todos nós.

Quando aquele feito divino terminou, Jesus clamou, “Está consumado!” (João 19.30), significando que a penalidade havia sido paga totalmente. Foi uma realização divina porque era algo que apenas Deus poderia fazer! Deus tornou-Se homem e morreu fisicamente porque a morte física fazia parte da penalidade. Todavia, como Deus-Homem, Ele pôde experimentar completamente a penalidade que cada pecador experimentaria, a saber, ser espiritualmente separado de Deus para sempre.

A justiça de Deus exige pagamento. Ou pagamos a penalidade nós mesmos, ou nos voltamos para Jesus pela fé e recebemos os benefícios de Sua expiação sacrificial. O que lemos em Romanos 6.23? “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”. A Bíblia não poderia ser mais clara em afirmar que a salvação é exclusivamente “o dom gratuito de Deus”, e que apenas podemos apropriar-nos desse presente por meio da fé.

Qualquer tentativa de merecer a salvação por meio de nossas obras não é apenas fútil – é impossível! “Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos” (Tiago 2.10). E, ainda pior, tentar merecer a salvação é uma negação da infinita penalidade imposta por Deus, uma rejeição do “dom inefável” de Deus, e um repúdio ao que Cristo realizou por nós.

Isso é algo em que a maioria dos evangélicos costumava crer. Já não é mais o caso, uma vez que a apostasia ganha espaço nos Últimos Dias. Recentemente, um levantamento de um instituto de pesquisas (feito com mais de 40 mil americanos) verificou que 57% daqueles que diziam ser evangélicos não criam que Jesus é o único caminho para o céu. Como Jesus é o único que proporciona a consumação divina, tudo o que resta é o engano fútil das realizações humanas para se alcançar a salvação.

Fonte: ibrpe

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Queima do Alcorão é estímulo a recrutamento de extremistas, diz Obama

Obama criticou iniciativa de queimar o Alcorão
Presidente diz que queima do Alcorão pode derivar em atentados

A iniciativa de um pastor evangélico de queimar cópias do Alcorão no aniversário do 11 de setembro pode estimular atos extremistas contra os EUA, disse nesta quinta-feira o presidente Barack Obama.

É mais uma crítica ao pastor Terry Jones, de uma pequena igreja na Flórida, que disse na quarta-feira que nenhum apelo o removerá da ideia de queimar o Alcorão no próximo sábado para protestar contra o “islã radical”.

“(O ato) pode aumentar o recrutamento (pela Al-Qaeda) de indivíduos dispostos a se explodir em cidades americanas ou europeias”, disse Obama. “Podemos ter sérios (episódios) de violência no Paquistão e no Afeganistão”, agregou o presidente, em entrevista à rede americana ABC, pedindo a Jones que “entenda o ato destrutivo em que está se envolvendo”.

“Se ele (Jones) está ouvindo, espero que entenda que o que ele está propondo fazer é completamente contrário a nossos valores como americanos, que este país foi construído sobre noções de liberdade e tolerância religiosas. E, como comandante em chefe das Forças Armadas dos EUA, quero que ele entenda que pode pôr em risco nossos soldados no Iraque e no Afeganistão”, disse Obama.

Autoridades dos EUA dizem que não podem interferir nos planos de Jones, protegidos pela defesa da liberdade de expressão na Constituição dos EUA.

Ofensa

A iniciativa de Jones, que lidera uma congregação de estimadas 50 pessoas chamada Dove World Outreach em Gainesville, Flórida, despertou, dentro e fora dos EUA, críticas e advertências quanto ao perigo de que estimule mais violência e tensão inter-religiosa.

Muçulmanos consideram o Alcorão como sendo a palavra de Deus, e qualquer ato de desdenho ao livro é visto como uma ofensa.

O presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, disse em comunicado que “qualquer pessoa que sequer pense num ato tão desprezível deve estar sofrendo de uma mente e uma alma doentes”.

Diversos outros países islâmicos reagiram de forma semelhante. A Malásia chamou a ideia de “crime hediondo”, e a Indonésia disse que isso prejudicará as relações entre o islã e o Ocidente.

A União Europeia, a ONU e o Vaticano, além de líderes como a alemã Angela Merkel, também se opuseram ao plano.

BBCBRASIL

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Bispo Edir Macedo assume publicamente preferência pelo aborto!

Posted: 30 Aug 2010 10:45 AM PDT

Do blog Reinaldo Azevedo
e blog Julio Severo

Demorei um pouco para voltar, né? Por bons motivos, creiam. Vamos lá.

Vocês sabem que os petistas, liderados pelo camarada Franklin Martins — aquele que ri quando aborda a execução de um inocente seqüestrado — querem acabar com o que chamam poder da imprensa tradicional. O PT gosta de poderes não-tradicionais, como o de Edir Macedo, por exemplo, o auto-intitulado “bispo” da igreja que ele próprio criou, a Universal do Reino de Deus. Macedo também é o dono da Rede Record, que o PT considera exemplo de bom jornalismo.

A frase é minha: “O PT é a Igreja Universal da política, e a Igreja Universal é o PT da religião”. Esses dois “entes” têm uma maneira muito parecida de conquistar os seus “fiéis”, além da identidade de pontos de vista. O que vocês verão abaixo é absolutamente chocante, mas poderia servir de norte moral para as “feministas” do PT, que defendem o aborto. Aliás, Dilma também defende. Deu entrevistas expressando o seu ponto de vista. Na campanha, está escondendo a sua posição. Vejam trecho de uma palestra de Macedo. É assustador. Se não quiserem ver tudo, transcrevo trechos de sua fala em vermelho e comento.

0s-3s — “Eu ADORO (sic) falar sobre aborto, planejamento familiar”.
Bem, alguém que diz “adorar” falar sobre aborto se define, não? Mais: aborto não é considerado uma forma de planejamento familiar em nenhum lugar do mundo. Ao contrário: ele decorre justamente da falta de planejamento.

Macedo desenvolverá a tese, que certa vigarice economicista andou abraçando, segundo a qual a legalização do aborto eleva a qualidade de vida das sociedades, diminui a violência etc. Ainda que fosse verdade, é o caso de considerar que há um monte de idéias imorais que “funcionam”. Que tal eliminar, por exemplo, todos os portadores de uma doença infecto-contagiosa? Não duvidem de que o “problema” estará resolvido. Que tal suspender o tratamento de doenças crônicas de pessoas que já não são mais economicamente ativas? Vamos economizar bastante — e alguém ainda poderá dizer que investir nos jovens é muito mais “produtivo”. Esse raciocínio — de Macedo, de certos indecorosos que falam “enquanto economistas” e, no caso, dos abortistas de maneira geral — nada mais é do que a justificação do mal. Na defesa de sua tese, afirma este homem de Deus entre 10s e 20s que o aborto nos conduz a uma sociedade com
“(…) menos violência (!!!), menos morte (!!!), menos mortalidade infantil (!!!), menos doenças (!!!), menos, enfim, todo o mal (!!!) que nós temos visto em nossa sociedade”

Impecável! Se a gente mata os fetos, é certo que haverá menos mortalidade infantil, não é mesmo? Macedo defende o aborto porque ele quer “menos violência” — logo, aborto não é violência. Ele quer “menos morte” — logo, o aborto não é “morte”… Como aborto também não é vida, então ele não é nada! Para este pastor de almas, não deve haver diferença entre um feto e gases intestinais.

2min25 — Quando você casa, você tem um empreendimento. Quando você tem um filho, você entra em outro empreendimento (!)
Não faltará pensador vagabundo no Brasil que verá nessa fala de Macedo, que chama filho de “empreedimento”, ecos de Max Weber e do “espírito protestante e a ética do capitalismo”. Não! Isso não é Weber, não! Trata-se de algo bem mais antigo…

4min — Eu pergunto: “O que é melhor? Um aborto ou uma criança mendigando, vivendo num lixão?” O que é melhor? A Bíblia fala que é melhor a pessoa não ter nascido do que ter nascido e viver o inferno. Eu sou a favor do aborto, sim. E digo isso alto e bom som, com toda a fé do meu coração”. E não tenho medo nenhum de pecar. E, se estou pecando, eu comento este pecado consciente. Se, eu não acredito nisso. É uma questão de inteligência, nem de fé. Lá em Nova York, depois que foi promovida a lei sobre o aborto, a criminalidade diminuiu assustadoramente. Por quê? Porque deixou de nascer criança revoltada criminalidade diminuiu (…)

Vamos lá:

— Vamos à primeira indagação: qualquer ser humano decente tem apenas uma resposta: melhor é a vida! Como ela é remediável, será sempre superior às coisas sem remédio, como a morte — em especial a morte de quem não pode se defender. A defesa do aborto é um absurdo lógico, derivado de uma imoralidade essencial: só um vivo pode fazê-la, se que é me entendem.

— É mentira! A Bíblia não endossa o aborto coisa nenhuma. Macedo tem em mente este trecho:

“Se o homem gerar cem filhos, e viver muitos anos, e os dias dos seus anos forem muitos, e se a sua alma não se fartar do bem, e além disso não tiver sepultura, digo que um aborto é melhor do que ele”.

O “bispo” faz uma alusão estúpida, bucéfala, ignorante e rasteira ao Eclesiastes (6,3). É no que dá uma teologia mais jovem do que o uísque que eu bebo. Afirmar que há, no trecho, endosso ao aborto é pura delinqüência teológica e bíblica. O aborto é empregado apenas como um extremo da fealdade. Não há endosso. É o exato oposto, Macedo!!!. Aprenda a ler, sujeito!!! Apela-se ao extremo, ao nefando, só para encarecer as dificulddes de uma vida sem Deus.

Essa história da queda do crime em Nova York por causa da legalização do aborto é uma das bobagens do livro “Freakonomics”, de Steven Levitt e Stephen J. Dubner. Já se provou que o erro da tese se sustenta também num erro de conta. Pesquisem a respeito. Boa parte das afirmações desses dois, diga-se, se sustenta numa falha lógica já apontada pelos escolásticos, cuja síntese é esta, em latim: “Post hoc, ergo propter hoc” – ou seja: “Depois disso; logo, por causa disso”. Como a queda na criminalidade se seguiu à legalização do aborto, então ela aconteceu POR CAUSA da legalização. A verdadeira revolução da política de segurança da cidade não deve ter tido nenhuma influência, não é mesmo? Ora, seria o caso de tentar explicar por que, por exemplo, imigrantes que chegam de países que vivem numa verdadeira anomia social se tornam respeitadores da lei em Nova York… Não deve ser por causa do aborto. Deve ser porque as leis funcionam.

Macedo, de todo modo, é mesmo um revolucionário da religião. Num livro aí que escreveu, chamou os antigos hebreus de “cristãos”. No dia 13 de outubro de 2007, ele concedeu uma entrevista à Folha. Leiam uma pergunta e uma resposta:

FOLHA — Alguns políticos então da base da Igreja Universal, como o bispo Rodrigues, foram atingidos em cheio pelos escândalos do primeiro mandato de Lula. A corrupção não é um pecado imperdoável?
MACEDO — Jesus ensina que o único pecado imperdoável é a blasfêmia contra o Espírito Santo. Para os demais, há perdão se houver arrependimento.

Entendi!

— O Deus de Macedo pode perdoar os culpados, mas não perdoa os fetos inocentes.
— O Deus de Macedo pode perdoar alguém que já pecou, mas é favorável à eliminação prévia de alguém que, segundo ele, corre o risco de pecar.
— Assim, para que possa continuar a perdoar os pecadores, o Deus de Macedo prega a eliminação dos puros.

Macedo se tornou a grande referência dos petistas em duas áreas: a verdadeira Lula News é a TV Record. A de Franklin dá traço; a de Macedo tem alguns telespectadores. E ele é também um guia espiritual do partido, especialmente do seu “coletivo de mulheres”, ou algo assim, que se mobilizou há dias para defender, junto à candidatura Dilma, uma vez mais, a legalização do aborto. Legalização a que ela já se disse favorável.

Uma outra revolução já está sendo gestada, esta na cultura: Tiririca tem tudo para ser o norte estético do poder caso Dilma se eleja. Afinal, na arte da representação, ele é tão requintado quanto é Macedo nos mistérios da teologia.


Festa de descasamento



Como diz o ditado popular, “A maré não está para peixe.” Infelizmente a sociedade que fazemos parte caminha a largos passos para o seu pior estado de degradação moral. Se não bastasse a promiscuidade que tem tomado conta de nossos adolescentes e jovens, nossas famílias no âmbito das relações tem experimentado ao longo dos anos uma grave e séria crise.




A revista Isto é há pouco publicou a prática de um novo comportamento social. Segundo o periódico nacional alguns casais ao chegarem à conclusão de que o casamento acabou, em vez de chorarem em virtude do fracasso e da dor da separação, optam por reunirem os amigos e familiares celebrando o descasamento. Para estes, a “festa” se dá com direito a música, bebidas, quitutes e presença de muitos daqueles que estiveram na festa de casamento. A novidade, que faz sucesso nos Estados Unidos, onde existe até uma empresa especializada em mini-caixões para alianças, começa a conquistar os (ex) casais brasileiros. E chega com direito a lembrancinhas, docinhos bem-separados (em vez dos bem-casados), noivos personalizados guerreando no topo dos bolos e o que mais a indústria especializada inventar.



Caro leitor aonde vamos parar? Que mundo é esse? O que aconteceu com os valores da moralidade? Ora, noticias como estas nos mostram que o Brasil e o mundo estão passando por um período tenebroso na história da humanidade, onde nitidamente se percebe total inversão nos valores da sociedade. Como já dizia o profeta Isaías, o bem é considerado mal e o mal bem; a luz é vista como escuridão, e a escuridão como luz. Infelizmente, a cada novo dia, o que era certo parece tornar-se errado e o errado parece tornar-se certo. Sem sombra de dúvidas, comportamentos como os relatados pela revista afrontam o Criador. Ora, é inadmissível considerarmos festas como estas eventos normais. Tenho plena convicção que como crentes em Jesus não nos é possível celebrarmos a dor, o fracasso e as marcas dolorosas do divórcio. Antes pelo contrário, temos por dever protestar veementemente diante deste nocivo comportamento da sociedade brasileira. Além disso, cabe a nós chorarmos diante do Senhor, pedindo perdão pelos pecados de uma nação que teima em desrespeitar ao seu Criador.

Deus tenha misericórdia deste país.

Renato Vargens

Fonte: Vinnac