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Pastor na Igreja Batista Viva Yahweh Shammah - sede - Bomba do Hemetério - Recife-PE - Casado com Tatiana Santa Cruz e pai de Stefany Victória e Sophia Victória. "Instruir o povo na adoração a Deus e viver a simplicidade do Evangelho de Jesus Cristo é a missão que me foi confiada".

sábado, 20 de novembro de 2010

Pastores ateus continuam liderando suas igrejas!!

Dois ministros ativos em suas igrejas perderam a fé, mas dizem que ninguém sabe disso.

 Pastores ateus continuam liderando suas igrejas

“Eu sou ateu”, diz ’Jack’, um pastor afiliado à Convenção Batista do Sul, com mais de 20 anos de ministério. ”Vivo minha vida como se Deus não existe”, diz ‘Adam’, que faz parte da equipe pastoral de uma pequena igreja em um dos estados mais religiosos dos EUA. Os dois, que pediram para terem suas identidades protegidas, são pastores que perderam a fé. Ambos construíram suas vidas e carreiras ao redor da fé, mas agora dizem sentir-se encurralados, vivendo uma mentira.

“Passei a maior parte da minha vida acreditando e buscando essa fé religiosa chamada cristianismo. Ao chegar a este ponto de minha vida, simplesmente não sinto mais que posso crer nele. Quanto mais eu lia a Bíblia, mais perguntas eu tinha. Quanto mais as coisas que ela afirma não faziam sentido para mim, mais dificuldade eu tinha.”, afirma Jack.

O pastor Jack disse que há dez anos começou a sentir sua fé se esvair. Ficou incomodado com as inconsistências no relato dos últimos dias da vida de Jesus, a improbabilidade de histórias como a “Arca de Noé” e as ideias expressas na Bíblia sobre as mulheres e seu lugar no mundo.

“Ler a Bíblia foi o que me levou a não crer mais em Deus”, conclui. Ele diz ainda que era difícil continuar trabalhando no ministério. “Comecei a olhar para isso como apenas uma atividade profissional e faço o que tem de ser feito”, disse. “Venho fazendo isso há anos.”

Adam disse que suas dúvidas iniciais sobre Deus vieram ao ler o trabalho dos chamados neoateístas – autores populares como o cientista Richard Dawkins. Ele disse que seu objetivo era fazer uma pesquisa para ajudá-lo a defender sua fé.

Pensava que Deus fosse grande o suficiente para lidar com todas as perguntas que eu pudesse ter”, afirma. Mas não foi isso que aconteceu. ”Percebi que tudo que me ensinaram a acreditar era uma espécie de abrigo seguro. Eu nunca realmente me interessei pelo ensino secular ou por outras filosofias… Eu pensava, ‘Ó, meu Deus. Estou crendo nas coisas erradas? Será que passei toda minha vida e ministério pregando algo que não é verdade?’”, relata Adam.

Ele disse que temia pela salvação de sua alma. “No momento que sentia estar perdendo a fé, mas ainda temia por minha salvação, pedi a Deus que tirasse minha vida antes que eu perdesse totalmente a fé”, lembra Adam. O pastor agora se considera um ‘agnóstico ateísta’. “Não acho que podemos provar que Deus existe nem que ele não existe”, disse. “Vivo a minha vida como se Deus não existisse.”

Ele e Jack dizem que quando pregam aos fiéis, tentam ater-se às porções da Bíblia que ainda acreditam – as que ensinam como ser uma pessoa boa. Ambos disseram que gostariam de abandonar seu ministério, mas não têm condições.

Quero sair da situação que estou o mais rápido possível, porque tento ser uma pessoa de integridade e caráter”, disse Adam. “Com a economia do jeito que está, minha falta de capacitação para o mercado e apenas com o diploma do seminário, fico em uma posição difícil.”

Revelar o ateísmo secreto ‘será devastador’

Jack disse que seu segredo o faz sentir isolado e que certamente perderia um monte de amigos se admitisse que deixou de ser cristão. Sua esposa não sabe e ele acredita que possivelmente iria perdê-la também. ”Será algo muito confuso para ela”, disse Jack. “Será muito devastador e vai levar algum tempo para trabalharmos essa questão.”

Adam disse que sua esposa sabia de sua crise de fé, mas não que ele a perdera completamente. “É uma situação muito difícil. Não consigo pensar em outra carreira que seja tão drasticamente afetada por uma mudança de opiniões ou ideias”, disse ele.

No começo, tive medo que, se perdesse minha fé, me tornaria uma pessoa horrível“, disse Adam. “Desde que perdi a fé percebi que ela realmente não tinha influência sobre quem eu sou, meu caráter e minhas ações. Não vivo de maneira diferente do que vivia quando era um crente fervoroso.”

 Pastores ateus continuam liderando suas igrejas

Adam e Jack foram incluídos em um relatório do filósofo Daniel Dennett (foto)-professor da Universidade Tufts e um ateu conhecido – e de sua co-pesquisadora, Linda Lascola. Eles continuam com sua investigação sobre o clero descrente. É possível ler o material produzido por eles AQUI (em inglês)

A rede ABC News contatou os dois pastores através de Dennett e de LaScola. Verificamos suas identidades e os cargos que ocupam e conduzimos as entrevistas separadamente.

Fonte: ABC News


quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Suposto ossuário de Tiago, irmão de Jesus, achado em Jerusalém pode ser verdadeiro, dizem peritos

Posted: 17 Nov 2010 05:03 AM PST

Do Isto É

Ela pesa 25 quilos. Tem 50 centímetros de comprimento por 25 centímetros de altura. E está, indiretamente, no banco dos réus de um tribunal de Jerusalém desde 2005. A discussão em torno de uma caixa mortuária com os dizeres “Tiago, filho de José, irmão de Jesus” nasceu em 2002, quando o engenheiro judeu Oded Golan, um homem de negócios aficionado por antiguidades, revelou o misterioso objeto para o mundo. A possibilidade da existência de um depositário dos restos mortais de um parente próximo de Jesus Cristo agitou o circuito da arqueologia bíblica. Seria a primeira conexão física e arqueológica com o Jesus do Novo Testamento. Conhecido popularmente como o caixão de Tiago, a peça teve sua veracidade colocada em xeque pela Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA).Em dezembro de 2004, Golan foi acusado de falsificador e a Justiça local entrou no imbróglio. No mês passado, porém, o juiz Aharon Far kash, responsável por julgar a suposta fraude cometida pelo antiquário judeu, encerrou o processo e acenou com um veredicto a favor da autenticidade do objeto. Também recomendou que o IAA abandonasse a defesa de falsificação da peça. “Vocês realmente provaram, além de uma dúvida razoável, que esses artefatos são falsos?”, questionou o magistrado. Nesses cinco anos, a ação se estendeu por 116 sessões. Foram ouvidas 133 testemunhas e produzidas 12 mil páginas de depoimentos.

Especialista em arqueologia pela Universidade Hebraica de Jerusalém, Rodrigo Pereira da Silva acredita que todas as provas de que o ossuário era falso caíram por terra. “A paleografia mostrou que as letras aramaicas eram do primeiro século”, diz o professor do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp). “A primeira e a segunda partes da inscrição têm a mesma idade. E o estudo da pátina indica que tanto o caixão quanto a inscrição têm dois mil anos.” O professor teve a oportunidade de segurá-lo no ano passado, quando o objeto já se encontrava apreendido no Rockfeller Museum, em Jerusalém.

Durante o processo, peritos da IAA tentaram desqualificar o ossuário, primeiro ao justificar que a frase escrita nele em araimaco seria forjada. Depois, mudaram de ideia e se ativeram apenas ao trecho da relíquia em que estava impresso “irmão de Jesus” – apenas ele seria falso, afirmaram.

O ossuário pode ser a primeira conexão arqueológica de Cristo com o Novo Testamento. Em parte da inscrição (acima) está escrito, em aramaico: “irmão de Jesus”.

A justificativa é de que, naquele tempo, os ossuários ou continham o nome da pessoa morta ou, no máximo, também apresentavam a filiação dela. Nunca o nome do irmão. Professor de história das religiões, André Chevitarese, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, levanta a questão que aponta para essa desconfiança. “A inscrição atribuiria a Tiago uma certa honra e diferenciação por ser irmão de Jesus. Como se Jesus já fosse um pop star naquela época”, diz ele. Discussões como essa pontuaram a exposição de cerca de 200 especialistas no julgamento. A participação de peritos em testes de carbono-14, arqueologia, história bíblica, paleografia (análise do estilo da escrita da época), geologia, biologia e microscopia transformou o tribunal israelense em um palco de seminário de doutorado. Golan foi acusado de criar uma falsa pátina (fina camada de material formada por microorganismos que envolvem os objetos antigos). Mas o próprio perito da IAA, Yuval Gorea, especializado em análise de materiais, admitiu que os testes microscópicos confirmavam que a pátina onde se lê “Jesus” é antiga. “Eles perderam o caso, não há dúvida”, comemorou Golan.

O ossuário de Tiago, que chegou a ser avaliado entre US$ 1 milhão e US$ 2 milhões, é tão raro que cerca de 100 mil pessoas esperaram horas na fila para vê-lo no Royal Ontario Museum, no Canadá, onde foi exposto pela primeira vez, em 2002. Agora que a justiça dos homens não conseguiu provas contra sua autenticidade, e há chances de ele ser mesmo uma relíquia de um parente de Jesus, o fascínio só deve aumentar.


Conheça as “Piranhas de Jesus”, o ministério evangélico para prostitutas


Conheça as “Piranhas de Jesus”, o ministério evangélico para prostitutas

Conheça Annie Lobert, ex-prostituta dedicada a uma única missão: salvar as piranhas de Las Vegas.

Lobert e sua missão de fé, que ela batizou de “Hookers for Jesus” [Piranhas de Jesus, em tradução livre], serão o tema de “Hookers: Saved on strip“, documentário em três partes. Esse programa especial do canal Investigation Discovery estreia dia 8 de dezembro, nos EUA.

“Toda vez que eu era presa e os policiais me chamavam de ‘piranha’, aquilo realmente me ofendia. Um dia estava pensando que, se queria chegar nessas mulheres, entrar em cassinos e dizer: “Meu nome é Annie. Eu posso ajudá-la a mudar sua vida”, seria uma coisa estranha. Então pensei no nome “Piranhas de Jesus”. Acredito em Deus, além disso fui uma prostituta e agora quero ‘pescar’ essas piranhas”, disse Lobert ao The New York Post.

As câmeras de TV seguem Lobert enquanto ela tenta ensinar a ex-garotas de programa como mudar de vida. No episódio de estreia, a ênfase é a história de Regina. Ela vem de uma família de classe média de Nova Jersey e caiu na prostituição quando estava na Marinha (onde conheceu seu cafetão).

Annie Lobert, 43, é natural do Minnesota. Ela trabalhou como prostituta em Las Vegas por mais de 10 anos. Só abandonou essa vida depois de quase morrer de overdose e de sofrer repetidamente abusos físicos de cafetões violentos.

Ela começou o “Piranhas de Jesus” em 2006. Posteriormente, iniciou a parceria com a Igreja do Sul, de Las Vegas. Foi o seu pastor, Benny Perez, que ajudou Lobert a montar a “Casa do Destino” – um abrigo para ex-prostitutas que as auxilia a recomeçar a vida (arranjando emprego, moradia etc.)

“As outras igrejas não receberam as meninas como eu gostaria que elas fossem recebidas. Mas foi quando viemos para esta igreja que realmente eles ajudaram a mudar a vida das meninas”, diz Lobert.

“Depois que essas mulheres largam seus cafetões, acabam ficando sem casa, sem roupas, sem jóias, sem dinheiro e sem carro. Antes eu as levava para meu pequeno rancho ou as colocava em hotéis. Então Benny disse: “Gostaria que tivéssemos uma casa para estas meninas?”

“Nós a chamamos de Destiny House [Casa do Destino]. O nome surgiu porque eu tive um aborto espontâneo e nome da criança seria Destiny.”

A história de Lobert, que inclui a relação com seu marido, Oz Fox – guitarrista da banda de metal cristão Stryper – imediatamente pareceu interessante para um programa, diz Henry Schleiff, presidente do Investigation Discovery, parte da rede Discovery Channel.

“Certamente é algo que se enquadra na nossa ênfase: o conceito de que uma pessoa pode fazer a diferença. Apreciamos histórias fascinantes, e vemos Annie como uma mulher que viveu essa vida… mas agora está tentando salvar outras dessa indústria crescente, violenta e perigosa. Todo ano cerca de 100.000 mulheres são compradas e vendidas nos Estados Unidos contra a sua vontade. Essa minissérie colabora com nosso desejo de lançar uma luz sobre essa questão séria. Faremos isso de uma maneira divertida mas que, ao mesmo tempo, vai gerar o debate “, finaliza Schleiff.

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Conheça as ‘Piranhas de Jesus’

Publicado por Jarbas Aragão em 17 de novembro de 2010, quarta-feira. Às 12:00, dentro de Crentes no lance, sexo | 14 Comentários
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Michael Starr

sábado, 6 de novembro de 2010

Livro polêmico é lançado e afirma que Deus é sexuado e que a Bíblia não condena a poligamia e não fala de aborto



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Livro polêmico é lançado e afirma que Deus é sexuado e que a Bíblia não condena a poligamia e não fala de aborto

Um livro polêmico que une religião e sexo acaba de ser lançado nos Estados Unidos. God and Sex- What the Bible Really Says (Deus e Sexo – O que realmente a Bíblia diz) de Michael Coogan, professor de religiões do Museu Semítico de Harvard e que fez pós-doutorado em Literatura pela Universidade de Harvard, discute a interpretação do sexo nos textos bíblicos. Coogan, que também é editor do livro New Oxford Annotated Bible, uma referência para os estudiosos de religião, diz que a Bíblia tem uma visão positiva sobre o sexo. Isso porque sexo estaria diretamente associado à reprodução. Em seu novo livro, o estudioso cita diversas passagens eróticas, como o Cântico dos Cânticos do rei Salomão.

Coogan discute o fato de os tradutores dos textos bíblicos terem imposto suas próprias visões e preconceitos quando traduziram do hebreu para outras línguas. Segundo o professor de Harvard, há palavras em hebreu que dão possibilidade para mais de uma interpretação, como mulher e esposa, que significam a mesma coisa. E seguindo essa teoria, o autor diz que não há como provar que Adão e Eva se casaram. Coogan ainda afirma que algumas religiões levam em consideração alguns capítulos do Livro Sagrado, enquanto menosprezam outras passagens que trazem uma diferente visão sobre o mesmo tema, como poligamia. Ele diz que nos escritos bíblicos em hebreu não há nada que nos assegure que devemos ser monogãmicos.

Ele também fala sobre o fato de não haver nenhuma passagem na Bíblia que condene o aborto. “Uma das coisas que eu acho mais interessantes é que no debate contemporâneo sobre o aborto, ambos lados citam e se apóiam na Bíblia como uma referência. Eles falam de versos em que não dizem nada sobre o aborto ”, disse Coogan em uma entrevista a revista Time.

Sobre a sexualidade de Deus, Coogan afirma que Ele é um ser sexual, mas no sentido metafórico e mítico. O estudioso também diz que quando a Bíblia foi escrita, no berço da civilização greco-romana, as pessoas eram menos puritanas. Uma das idéias que elas concebiam era o fato de um Deus vir a Terra e fazer sexo com um mortal.

Fonte: Mulher 7×7 / Gospel+
Via: Creio

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

“Jesus tinha AIDS”, afirma pastor em culto"



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“Jesus tinha AIDS”, afirma pastor em culto

“Hoje vou começar um sermão em três partes com o tema ‘Jesus era HIV positivo’”, disse recentemente o pastor sul-africano Xola Skosana, em um culto dominical. Essas palavras inicialmente surpreenderam sua congregação no bairro Khayelitsha, na Cidade do Cabo, deixando todos em silêncio. Depois, geraram todo tipo de comentário nas igrejas do país. Alguns cristãos ficaram ofendidos, afirmando que o pastor retratou Jesus como alguém sexualmente promíscuo.

O vírus HIV é transmitido principalmente através de relações sexuais, mas também pode se propagar através de agulhas compartilhadas, sangue contaminado, gravidez e amamentação. No entanto, como disse o pastor Skosana (foto) aos que estavam reunidos no modesto salão da escola Luhlaza usado para os cultos semanais, em muitas partes da Bíblia Jesus se colocou no lugar dos miseráveis, dos doentes e dos marginalizados.

“Sempre que você abre as escrituras, vê Jesus se colocando na pele de pessoas que experimentam quebrantamento. O texto de Isaías 53, por exemplo, pinta claramente um retrato de Jesus tomando sobre si as enfermidades e os males da humanidade”, disse ele à BBC. Skosana também é rápido em salientar que está usando essa metáfora para destacar o perigo da pandemia do HIV/Aids, que ainda carrega um estigma em favelas da África do Sul.

“Claro, não há nenhuma evidência científica de que Jesus tinha o vírus HIV em sua corrente sanguínea“, diz o pastor, cujo ministério não-denominacional Hope for Life [Esperança para a Vida] é parte de um crescente movimento carismático na África do Sul.

“O melhor presente que podemos dar às pessoas que são HIV positivas é ajudar a fazer AIDS deixar de ser estigmatizada e criar um ambiente onde elas sabem que Deus não está contra elas, que não se envergonha delas.”

Zombando de Cristo

No entanto, o pastor Mike Bele, que dirige a Igreja Batista Nomzamo no bairro vizinho de Gugulethu, disse que a maioria do clero em Khayelitsha e em outros bairros da Cidade do Cabo se opõem fortemente a essa associação de Jesus com o HIV.

“A ilustração que apregoa Jesus ser HIV positivo é grave“, diz ele. ”Acredito que nenhum líder ungido e com bom entendimento das escrituras e o papel de Cristo em nossas vidas, iria deliberadamente arrastar o nome de Cristo na lama.”

Para o pastor Bele, retratar Jesus dessa forma faz com ele se torne parte do problema, não da solução. ”O pastor precisa explicar o que aconteceu para trazer Cristo ao nosso nível, pois Cristo é supremo e é Deus”, diz ele. ”Há uma preocupação de que os não-crentes zombem de Jesus e tentem reduzir sua importância, colocando-o em oposição à força poderosa que acreditamos que seja.”

O pastor Skosana, que está no ministério há 24 anos e perdeu duas irmãs para a Aids, argumenta que os líderes religiosos têm um papel muito maior no combate à propagação da pandemia na África do Sul. Afinal, cerca de 5,7 milhões de pessoas vivem com o vírus – mais do que em qualquer outro país.

Ele concluiu a última parte de seu sermão de três semanas fazendo o teste de HIV em frente à congregação. Depois, 100 fiéis seguiram o seu exemplo.

“A mensagem à igreja é que não é suficiente dar comida às pessoas contaminadas, devemos criar um ambiente que as fortaleça, porque a maioria das pessoas HIV positivas não morrerá necessariamente de doenças relacionada à Aids, mas por estar de coração partido, rejeitadoa”, disse.

Medo e ignorância

Em meio à polêmica, o reverendo Siyabulela Gidi, diretor do Conselho Sul-Africano de Igrejas, saiu em apoio ao pastor Skosana, dizendo que seu ponto de vista está teologicamente correto.

“O que pastor Skosana está dizendo é que Cristo, se viesse ao mundo nos dias de hoje, estaria ao lado das pessoas que são HIV positivas – pessoas que estão sendo deixadas de lado pela própria igreja que agora o ataca”, afirma o sacerdote anglicano. ”Felizmente o pastor Skosana gerou diálogo sobre o assunto no país e no mundo, é para isso que a teologia existe.”

Fora dos círculos religiosos, o pastor Skosana também recebeu apoio de ativistas do combate à Aids. “O sermão do pastor tira o estigma de que HIV é um pecado e um castigo de Deus”, diz Vuyiseka Dubula, secretário-geral do poderoso grupo de combate à Aids Treatment Action Campaign.

“Associar Jesus com o HIV é algo forte, principalmente para aqueles que vão à igreja Agora as pessoas estão começando a pensar:. ‘Se Jesus podia ser HIV positivo, quem sou eu para não tê-lo, mesmo se frequento a igreja?’”

Professor de direito marítimo e ambiental na Universidade da Cidade do Cabo e HIV positivo há 25 anos, Jan Glazeski escreveu uma carta para o jornal Cape Times, onde identificou-se com a ideia de que Deus estava do lado dos pobres e marginalizados. ”A metáfora do pastor dá força a todos nós”, disse ele. “Ao ligar Jesus ao HIV, sua mensagem provocou protestos e expressões de raiva. Isso acontece por causa do medo e da ignorância.”

É essa luta contra o medo e a ignorância que o pastor Skosana está determinado a continuar. “Quanto mais falamos sobre isso em nossos púlpitos e mais pedirmos às pessoas para fazer o teste voluntariamente na igreja, melhor. Uma das coisas mais efetivas que atualmente podemos fazer como igreja é dizer que Jesus foi e é HIV positivo.”

Fonte: BBC / Gospel+
Tradução: Jarbas Aragão
Via: Pavablog