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Pastor na Igreja Batista Viva Yahweh Shammah - sede - Bomba do Hemetério - Recife-PE - Casado com Tatiana Santa Cruz e pai de Stefany Victória e Sophia Victória. "Instruir o povo na adoração a Deus e viver a simplicidade do Evangelho de Jesus Cristo é a missão que me foi confiada".

sábado, 30 de abril de 2011

Beatificação reafirma o próprio João Paulo II como legado para Igreja

Controle doutrinário e imagem carismática são marcas, dizem especialistas.
Cerimônia de beatificação será neste domingo (1º), às 9h (3h de Brasília).

João Paulo II e o cardeal Ratzinger (Foto: ArqArqquivo/AFP)
João Paulo II e o cardeal Ratzinger no Vaticano (Foto: Arquivo/AFP

Com a beatificação de João Paulo II neste domingo (1º), a Igreja Católica assume a própria história do papa polonês como um legado para o catolicismo. Cardeais e especialistas em religião ouvidos pelo G1 são unânimes ao afirmar que, para além dos sinais de santidade aclamados pelo povo ainda nos ritos do funeral, os 26 anos de pontificado de Karol Wojtyla também deixam como herança um forte controle doutrinário e a abertura para gestos diplomáticos e religiosos.

O professor Faustino Luiz Couto Teixeira, do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora, sintetiza a leitura de acadêmicos que identificam uma forte tendência ao controle institucional na gestão de João Paulo II, equilibrada em outro extremo por uma presença carismática em viagens missionárias e pastorais.

Marcos do pontificado

1978

Eleito o primeiro papa oriundo de um país comunista

1982

Realizou três exorcismos durante o pontificado; mais conhecido foi o realizado em uma jovem que estava agitada durante uma audiência geral

1986

Realizou um gesto histórico ao visitar a sinagoga de Roma, e foi 1º papa a rezar em uma Mesquita, na Síria.

Escreveu 14 encíclicas, 15 exortações, 11 constituições e 46 cartas apostólicas.

1981

A 13 de Maio, foi atingido por um tiro na Praça de São Pedro

Mais de mil chefes de Estado e de Governo passaram pelo Vaticano durante seu papado.

2005

Morreu em Roma, no Palácio Apostólico do Vaticano, às 21h37 de sábado 2 de abril

Faustino destaca, sobretudo, que o polonês teve uma abertura significativa para o diálogo com outras religiões. "Na época, provocou reação contundente em setores do Vaticano, inclusive do próprio Ratzinger (então cardeal, hoje Papa Bento XVI)", afirma Faustino.

Segundo o professor, a abertura para o diálogo com os muçulmanos e judeus seria parte do aprofundamento de reformas ocorridas anos antes na própria Igreja. “Ele (João Paulo) sintonizou-se com o espírito do Vaticano II”, avalia.

Por sua vez, o teólogo Leonardo Boff, que optou deixar o sacerdócio em 1992 após ter sofrido nos anos 1980 censura do Vaticano por suas críticas à hierarquia, avalia que a figura carismática e atlética do papa "falava por si mesmo", embora fosse contraditória. "Não precisava ter escrito as 100 mil páginas que ele escreveu em documentos", diz Boff.

O teólogo diz que o papa esvaziou o "aggiornamento", conceito usado pelo Concílio Vaticano II para se referir à necessidade de atualização da Igreja frente à modernidade. “Construiu uma igreja para dentro, prolongando o velho modelo medieval. Com muito rigor e ordem, reprimiu mais de 140 teólogos que foram silenciados e as conferências episcopais (conselhos dos bispos, como a CNBB) passaram por um processo de romanização”, diz Boff.

"Foi um grande ator, que ensaiou sua própria apresentação no mundo e que teve algo positivo nisso: mostrar no mundo privatizado que o fator religioso existe e pode mover milhões. As manifestações eram shows, mas o conteúdo era fraco", diz. Boff avalia que até mesmo o diálogo com outras religiões foram apenas diplomáticos, embora pioneiros. “São gestos pastorais, se perguntarmos qual a teologia, aparece o documento onde se apresenta uma doutrina absolutamente retrógrada, que sustenta que fora da Igreja não há salvação”, diz.

Foi um grande ator, que ensaiou sua própria apresentação no mundo e que teve algo positivo nisso: mostrar no mundo privatizado que o fator religioso existe e pode mover milhões. "
Leonardo Boff, teólogo

Exemplo e diálogo
Antes de viajar para acompanhar a cerimônia de beatificação no Vaticano, os cardeais Dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, e Dom Cládio Hummes concederam entrevista em São Paulo na qual ressaltaram a importância do papa polonês para a Igreja Católica. “O papa João Paulo II deu um grande testemunho em vida de santidade. Na Igreja alguém não é santificado depois da morte. Alguém é santo durante a vida e é proclamado santo depois da morte. O primeiro passo é a beatificação”, explicou Dom Odilo.

O arcebispo ressaltou a importância da figura carismática de João Paulo II e sua abertura para diálogos de paz. "Foi um grande promotor do entrosamento. O reconhecimento disso foi muito claro no funeral, onde houve uma afluência de chefes de estados como nunca antes houve na história", disse.

Dom Cláudio, que ressaltou a boa convivência que teve com o papa, destacou o carisma e a santidade de Karol Wojtyla. "Creio que em síntese foi um homem que se identificou profundamente com Jesus Cristo. Em segundo lugar, era apaixonado pelo ser humano. Essas duas paixões fazem dele santo", disse. "Era uma luz quando aparecia diante das multidões. Tinha aquele carisma que se manifestava", avalia o arcebispo emérito de São Paulo e ex-prefeito da Congregação para o Clero.

Fidel e o Papa João Paulo II durante cerimônia no aeroporto Jose Marti, em 21 de janeiro de 1998 (Foto: Arquivo/Reuters)Fidel e o Papa João Paulo II durante cerimônia no
aeroporto Jose Marti, em 21 de janeiro de 1998
(Foto: Arquivo/Reuters)

Processo de beatificação
João Paulo II será proclamado beato após o reconhecimento de um milagre ocorrido supostamente por sua intercessão: a cura dita inexplicável pela ciência da freira francesa Marie Simon Pierre, de 51 anos, que sofria os sintomas de Parkinson.

O processo foi aberto em 28 de junho de 2005 em Roma. A causa foi aberta por desejo de Bento XVI, sem esperar o período de cinco anos de sua morte, como estabelece o Código de Direito Canônico e como ocorreu com Madre Teresa de Calcutá, que foi beatificada seis anos e dois meses após sua morte.

Críticas
A rapidez do processo de beatificação é apontada por vaticanistas como resultado de pressão de grupos tradicionalistas. "A ala conservadora tem interesse numa leitura triunfalista do papado de João Paulo II, para esconder a obra de seu pontificado atrás de uma auréola sagrada e assim torná-la indiscutível. Este é o ponto crítico da decisão do papa", afirmou o vaticanista e escritor Giancarlo Zizolaà BBC Brasil.

Karol Wojtyla foi também criticado por não ver os comportamentos criminosos, principalmente de pedofilia, dentro da Igreja, e por não ter tomado medidas firmes quando o escândalo começou a eclodir nos Estados Unidos em 2000. "João Paulo II confiava nos outros e vigiava muito pouco aqueles que o seguiam. Estava tão concentrado na mensagem a ser transmitida que nem sempre governou a Igreja de maneira total", disse à agência EFE o vaticanista Marco Tosatti.

A Congregação para a Causa dos Santos ressaltou em nota que foram respeitados "escrupulosamente" todos os passos exigidos. O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, assegurou que, inclusive, foram investigadas críticas pelo fato de João Paulo II supostamente ter protegido o padre pedófilo mexicano Marcial Maciel. De acordo com o porta-voz, a investigação foi feita e não foi encontrada nenhuma evidência de que eleI tenha protegido Maciel.

As afirmações do Vaticano não convencem os críticos. “Ele sabia dos pedófilos e encobriu, era muito próximo do fundador dos Legionários de Cristo (Marcial Maciel). Há elementos sombrios, a partir dos quais se colocaria em questão sua canonização”, disse Boff.

Fiel passa diante de imenso retrato do Papa João Paulo II na Cracóvia, Polônia, na quinta (28) (Foto: Bela Szandelszky / AP)Fiel passa diante de imenso retrato do Papa João Paulo II na Cracóvia, Polônia, na quinta (28) (Foto: Bela Fonte: G1

terça-feira, 26 de abril de 2011

Aaahh, agora sim - "Deus" não sabe onde a evolução vai dar...


Eu nunca havia atentado para o fato de que o teísmo aberto oferece o tipo de deus que alguns evolucionistas teístas tanto precisavam para ser coerentes em sua teoria. A idéia me estalou nesta segunda, conversando com o cientistas cristãos do Discovery Institute em Seattle, que acabam de lançar um livro "God and Evolution" que promete ser uma das críticas mais pertinentes e sérias ao evolucionismo teísta.

Explico.
O evolucionismo teísta acredita que Deus existe e que "criou" a vida na terra através daquilo que a teoria evolucionista chama de processo não dirigido ou intencional, em que mutações acidentais e aleatórias levaram gradativamente à seleção natural e à sobrevivência das espécies mais aptas.

O grande problema aqui com esta teoria são as palavras "não dirigido," "aleatório" e "acidental". Este conceito é fundamental na teoria darwinista. Na verdade, é um de seus pilares. O conceito da evolução repousa neste princípio de que as mutações ocorreram de forma randômica, ao acaso.

Como, então, integrar o conceito de mudanças aleatórias com a supervisão do Deus cristão, que é onisciente, onipresente e onipotente? Se Deus é onisciente, como poderia ter inventado um processo natural que se desenrolaria de maneira totalmente imprevisível, acidental e randômica, totalmente fora de seu controle ou conhecimento?

A solução é o deus do teísmo aberto. Esta "divindade," de acordo com os teólogos relacionais, desconhece o futuro e não sabe o que vai acontecer no universo nos próximos minutos. Ou seja, ela serve perfeitamente como o deus do evolucionismo teísta.

É isto que está sendo defendido em anos recentes por evolucionistas teistas. De acordo com os tais, "Deus" implantou no DNA o potencial para as mutações mas não tinha - e nem tem - a menor idéia em que tudo isto vai acabar. O processo evolucionário é autônomo e imprevisível a tal ponto que "Deus" desconhece seu produto final - se é que um dia ele haverá de terminar.

Bem, se é assim, os evolucionistas teístas deveriam mudar o nome para evolucionistas "deístas", uma vez que estes tais acreditam numa divindade remota que criou o mundo como um relógio, deu corda e simplesmente afastou-se. O deus do evolucionismo-deísta-aberto não tem a menor idéia onde tudo isto vai parar. Ainda sou mais Deus.

Por Augustus Nicodemus Lopes / Blog O Tempora, O Mores

Psicólogo diz que pedofilia é orientação sexual: Magno malta contra - ataca

De O Galileo

Magno Malta condena declarações de psicólogo de que pedofilia é orientação sexual

Em discurso no plenário, o senador evangélico Magno Malta (PR-ES) condenou as recentes declarações do professor Hubert Van Gijseghem de que a pedofilia é uma orientação sexual.

Segundo o senador, a declaração do psicólogo belga é uma mensagem subliminar e incentiva a pedofilia.

A afirmação do professor foi feita durante debate no parlamento canadense. Van Gijseghem afirmou que os verdadeiros pedófilos têm preferência exclusiva por crianças, o que é a mesma coisa de ter uma orientação sexual, que não pode ser mudada. Apesar disso, afirmou o professor, os pedófilos podem viver uma vida de abstinência. O senador não concorda com as declarações.

- É gente trabalhando ao redor do mundo para formar uma consciência de que é normal e é perfeitamente aceitável a violência sexual contra crianças – protestou o senador.

Plebiscitos

Magno Malta também defendeu a redução da maioridade penal como “parte da engrenagem” para acabar com a violência. O senador afirmou que vai propor a realização de um plebiscito sobre o tema.

Com relação à possibilidade de realização de um plebiscito sobre o desarmamento, o senador disse que a iniciativa “é louvável”. Para ele, é preciso sair da hipocrisia e discutir o assunto.


Cristãos são presos por participarem de culto de Páscoa

Cristãos são presos por participarem de culto de PáscoaApesar dos apelos dos grupos de liberdade religiosa, as autoridades chinesas continuaram sua ofensiva a uma Igreja proeminente do país, impedindo centenas de Cristãos de realizar o culto de Páscoa ao ar livre no domingo.

Policias uniformizados e à paisana esperam os membros da Igreja Shouwang, um grupo de protestantes, se reunirem para um culto de Páscoa ao ar livre em um parque rodeado por uma cerca de metal recém-construída perto de uma zona comercial de Pequim, 24 de abril de 2011. A polícia chinesa deteve dezenas de cristãos, no local planejado para um culto proibido no domingo de Páscoa.

Dezenas dos 1.000 membros da Igreja Shouwang, uma das maiores Igrejas protestantes não registradas de Pequim, foram detidos, enquanto pelo menos 500 foram confinados em suas casas, de acordo com a China Aid Association.

“Estamos profundamente decepcionados que as autoridades chinesas tenham decidido interromper adoradores pacíficos que foram simplesmente celebrar a Páscoa hoje,” disse Bob Fu, fundador da China Aid e Pastor Presidente, em um comunicado neste domingo.

“Ao fazer isso, o governo chinês mais uma vez demonstra seu total desrespeito à liberdade dos cidadãos chineses de base religiosa e liberdade de culto. Continuamos a exortar o mundo livre a se manter firme em solidariedade aos fiéis perseguidos na China.”

Esta é a terceira semana consecutiva que os membros da Shouwang foram impedidos de cultuar. Embora consciente dos riscos, a Igreja evangélica começou a agendar cultos ao ar livre este mês, após a intervenção do governo tornou-se impossível para a Igreja garantir um local fechado para reunião. A Shouwang tem sido expulsa de vários locais alugados.

Antes do culto de Páscoa, a Comissão dos EUA sobre Liberdade Religiosa Internacional apelou ao governo chinês que permita que os Cristãos prossigam com seus cultos de adoração durante a semana mais sagrada do Cristianismo, sem perseguição ou detenção.

O diretor da USCIRF, Leonard Leo denunciou a “intolerância” da China para a atividade religiosa pacífica e observou que, no caso da Shouwang, a Igreja procurou seguir as regras, mas em vão.

“A Igreja Shouwang tentou seguir as regras que o governo chinês continua mudando. A ação de Pequim ainda aliena o rápido crescimento do número de crentes religiosos na China, especialmente durante a Páscoa, a semana mais sagrada no Cristianismo,” disse ele numa declaração anterior.

Enquanto a China permite a liberdade de crença religiosa e protege as atividades religiosas, os grupos religiosos devem se registrar com o governo e os funcionários e funcionar de acordo com as entidades religiosas, como a Tríplice Autonomia do Movimento Patriótico e o Conselho Cristão da China.

Não cadastrados, ou casa, as Igrejas não estão proibidas, mas não estão autorizados a apoiar abertamente a realização dos cultos religiosos.

Antes da Páscoa, os líderes da Igreja Shouwang enviaram um e-mail para a congregação para informar a localização da reunião. O e-mail revelou que vários membros da Igreja tinham sido forçados a mudar ou deixar seus empregos, de acordo com o New York Times. Eles também indicaram que esperavam ser parados pela polícia.

De acordo com a China Aid, que monitora os direitos humanos e a perseguição na China, a polícia de Pequim agiu antes detendo quatro evangelistas da Shouwang na quinta-feira. Enquanto isso, o fundador da Igreja e pastor sênior, Jin Tianming, permaneceu sob prisão domiciliar.

Outras Igrejas em Pequim manifestaram a sua solidariedade para com a Shouwang se unindo em oração e jejum.

Em meio à crescente pressão de grupos de direitos humanos, juntamente com a USCIRF, os Estados Unidos está agendado para manter um diálogo de dois dias sobre direitos humanos com a China, que começa na quarta-feira. Os debates estarão centrados na evolução dos direitos humanos, liberdade religiosa e a liberdade de expressão, entre outras coisas.

Fonte: Christian Post

sábado, 23 de abril de 2011

Ressurreição!!

O Poder da Ressurreição de Cristo

A oração de Paulo pelos crentes efésios é muito específica. Ele pede a Deus que lhes dê um entendimento e conhecimento mais profundo acerca de Cristo, e seria bom se buscássemos o mesmo para a nossa vida. Isso não é algo que se possa aprender num seminário ou mesmo num estudo bíblico ou na leitura de livros devocionais. O desejo de Paulo era que eles recebessem de Deus, voluntariamente, o “espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele” (Ef 1.17-23).

Especificamente, Paulo ora para que eles conheçam a “suprema grandeza” do poder que Deus queria demonstrar na vida deles. A explicação de Paulo sobre esse assunto é muito esclarecedora. Paulo nos fala sobre esse poder em Filipenses 3. Esse poder era, de fato, o que ele tanto desejava para si mesmo. Ele o chama de “o poder da sua ressurreição” e declarou: “Para o conhecer, e o poder (dynamis) da sua ressurreição, e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte; para, de algum modo, alcançar a ressurreição dentre os mortos. Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus” (Fp 3.10-12).

Será que Paulo estava em dúvida quanto à sua salvação, achando que talvez não estivesse qualificado para a ressurreição dos crentes no Arrebatamento? Dificilmente! Ele está nos dizendo que a Ressurreição não é apenas um evento histórico do qual nos lembramos com satisfação e alegria, mas também o maior acontecimento da história (passada, presente e futura) de todo o cosmos! O maior evento de todos os tempos no universo é também um dos mais difíceis de entender. Nós falamos sobre esse acontecimento de uma forma extremamente trivial, mas ele é o pivô em torno do qual toda a história se articula e que a dividiu para sempre em duas partes. A divisão do tempo não deveria ser apenas a.C. (antes de Cristo) e d.C. (depois de Cristo); deveria ser a.R. (antes da Ressurreição) e d.R. (depois da Ressurreição).

Diante dos telescópios e dos meios tecnológicos de que dispomos hoje para aparentemente esquadrinhar os mais remotos cantos do universo, as palavras de Davi no Salmo 19 assumem um significado ainda mais profundo: “Os céus proclamam a glória de Deus [...]”. A Criação é a maior expressão visível de poder, e nós nos curvamos em espanto e adoração quando pensamos no Deus infinito que está por trás de tudo o que se pode ver. Mas Paulo diz que isso não é nada em comparação com o poder demonstrado na Ressurreição de Jesus Cristo, e esse é o grande poder que Paulo queria que os efésios experimentassem diariamente.

A Ressurreição não é apenas um evento histórico do qual nos lembramos com satisfação e alegria, mas também o maior acontecimento da história (passada, presente e futura) de todo o cosmos!

De fato, Paulo nos diz que a Ressurreição é a maior prova do poder de Deus jamais apresentada e cuja grandeza não pode ser superada. Precisamos entender o porquê dessa afirmação e por que Paulo orou daquela forma. Afinal de contas, “A vida estava nele [em Cristo]” (Jo 1.4). Jesus disse: “[...] tenho poder para a dar [minha vida] e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai” (Jo 10.18, ARC). Então, por que foi necessário um poder tão grande para ressuscitar Cristo dentre os mortos?

Durante sua vida na terra, e antes de sua própria ressurreição, Cristo havia ressuscitado muitos dentre os mortos. Mas aqueles a quem ele ressuscitou, como Lázaro (Jo 11.1-43) e o filho da viúva de Naim (Lc 7.11-16), morreram novamente após alguns dias ou anos para aguardar a ressurreição de todos os crentes no Arrebatamento.

Como o Doador da vida, por intermédio de quem foram criadas todas as coisas (Jo 1.3), poderia ser morto? Temos aqui uma aparente contradição. Foi Cristo mesmo quem disse, a respeito de sua vida: “Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou” (Jo 10.18). Entretanto, Pedro acusa os judeus de terem matado Jesus: “vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos” (At 2.23). Dirigindo-se ao conselho rabínico, Estêvão usa uma linguagem ainda mais forte: “do qual vós agora vos tornastes traidores e assassinos [...]” (At 7.52).

O motivo pelo qual foi necessário usar o maior poder jamais aplicado a fim de ressuscitar a Cristo dentre os mortos só pode estar associado ao tipo de morte que Ele morreu. Deus havia declarado que a penalidade para o pecado é a morte, que é a eterna separação de Deus. Mas será que esse castigo não é forte demais? Adão e Eva foram expulsos do jardim paradisíaco por seu Criador (que os havia colocado ali) por causa de uma infração aparentemente pequena: comer um determinado fruto. Isso é motivo para um castigo eterno?

Nós tratamos o pecado com muito descaso, vendo apenas o ato em si e esquecendo contra quem ele é cometido. O pecado de Adão e Eva não foi apenas comer o fruto proibido. Foi desafiar e se rebelar deliberadamente contra Aquele que havia criado não só a eles, mas a todo o universo. Na nossa perspectiva, o pecado de Davi – adultério, assassinato e mentira – foi muito mais condenável. Mas Davi sabia o que era o pecado: “Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mal perante os teus olhos” (Sl 51.4).

Em sua essência, o pecado é uma traição intencional, uma rebelião clara e desafiadora contra o Criador e Governador do universo. Precisamos nos lembrar desse fato. A maioria dos cristãos que, ao serem convencidos pela consciência, caem com o rosto em terra e confessam seus pecados, não está realmente confessando o horror do que fizeram. Não basta se arrepender dos atos praticados. É preciso confessar também que, não importa quão trivial nos pareça o ato que praticamos, o que nós fizemos foi repetir a traição de Adão e Eva contra o Senhor Deus. Se não reconhecermos isso com convicção profunda no coração, a confissão será incompleta.

O pecado tem uma dimensão moral e espiritual que Cristo teve que suportar por todo indivíduo, e nenhum outro poderia fazê-lo.

Agora, começamos a entender por que foi necessária “a suprema grandeza do seu poder” (Ef 1.19) para ressuscitar a Cristo dentre os mortos. O escritor de um hino disse com muita propriedade: “Foi o enorme fardo dos nossos pecados que te deitou no túmulo, ó Senhor da vida”. O que quer dizer isso? Como poderiam os nossos pecados ser lançados sobre o Cristo sem pecado? Isso certamente não foi feito quando Pilatos condenou a Cristo, nem quando os ímpios soldados romanos O açoitaram e O pregaram numa cruz. Contudo, foi isso que o filme antibíblico A Paixão de Cristo (de Mel Gibson) retratou – e o filme foi elogiado por milhares de evangélicos, entre eles centenas de líderes.

O que realmente aconteceu na Cruz não só não poderia ser retratado num filme como, ao ser omitido, foi negado por ele. Isaías escreveu: “Todavia, ao senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado” (Is 53.10).Claramente, o que os homens fizeram com Cristo não teve nada a ver com o Senhor moê-lo e fazer de Sua alma um sacrifício pelo pecado. O pecado tem uma dimensão moral e espiritual que Cristo teve que suportar por todo indivíduo, e nenhum outro poderia fazê-lo.

O nosso Salvador não tinha que ser apenas perfeitamente sem pecado para poder pagar pelos pecados dos outros – ele tinha que ser infinito. Ninguém, a não ser Deus, poderia satisfazer a justiça dessa forma. Mas a sentença havia sido pronunciada contra ahumanidade. Portanto, Deus, apesar de infinito, não poderia pagar essa pena, a não ser que se tornasse totalmente homem sem deixar de ser Deus. Por isso a necessidade do primeiro e único nascimento virginal.

Os ateus alegam que seria injusto um inocente pagar pelos culpados. Isso seria verdade, não fosse por outra dimensão da Cruz. Para os que crêem, Deus considera a morte e a ressurreição de Cristo como se fosse a deles. Todo aquele que crê sofre uma milagrosa transformação interior que foi prometida por Cristo e que Ele chamou de “nascer de novo” (Jo 3.3-16). Isso não é um clichê, é a realidade.

Pilatos não tinha idéia do que estava dizendo quando apresentou Cristo à multidão agitada:“Eis o homem!” Aquele era o homem como Deus queria que fosse. Paulo o chamou de “o segundo homem” e de “o último Adão” (1 Co 15.45,47). Em outras palavras, desde Adão – criado pela mão de Deus no Jardim, sem contaminação – até Jesus, o último Adão – formado no útero de uma virgem, sem contaminação – não havia ninguém de quem se pudesse dizer: “Eis o homem como Deus queria que fosse”.

“O enorme fardo dos nossos pecados”, que teria mantido a humanidade no Lago de Fogo para sempre, poderia ser suportado pelo Ser infinito na Cruz, onde Ele se colocou entre Deus e o Homem. Se a Justiça Infinita não tivesse sido satisfeita através do pagamento integral dos nossos pecados efetuado por Cristo, Ele não poderia ter saído daquele sepulcro.

“Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens. Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem” (1 Coríntios 15.19-20).

A penalidade para o pecado é ser banido eternamente da presença de Deus e de todo o seu universo e lançado no exílio no Lago de Fogo. Esse é o castigo determinado pela Suprema Corte de Deus para a alta traição contra o Criador de todas as coisas. Um dos maiores horrores do Lago de Fogo será o fato de que mesmo naquele lugar de tormento os que odeiam a Deus não conseguirão escapar dEle. Ele estará lá, na consciência dos perdidos, consciências que não poderão mais se esconder atrás de nenhuma desculpa. Não haverá como fugir da verdade que eles rejeitaram e que os atormentará eternamente. Davi afirmou:“Se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás” (Sl 139.8).

Nenhum ser finito poderia pagar a penalidade exigida pela infinita justiça de Deus. Nenhum ser humano que tentasse pagar por seus próprios pecados poderia dizer finalmente, como exclamou Cristo em triunfo na Cruz: “Está consumado! A dívida foi paga”. Mas o preço tinhaque ser pago integralmente. De que outro modo os portões da justiça se abririam?

No Livro de Jó, temos uma noção da verdadeira luta entre Satanás e Deus pelo domínio do Cosmo. “Num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o Senhor, veio também Satanás entre eles” (Jó 1.6). Essa narrativa espantosa nos dá uma idéia do que está envolvido na batalha entre Deus e Satanás. É um conflito de proporções cósmicas pelo controle do universo, e o homem é o prêmio que ambos os lados desejam. É uma batalha bem real, cujo objetivo é conquistar o coração e a afeição do homem. Mas é bom lembrar que não há nenhuma garantia de que Deus triunfará em cada caso individual. Com o dom do livre arbítrio, cabe a cada ser humano escolher de que lado ficará nessa batalha.

Os cristãos têm um papel fundamental na derrota final de Satanás: “Eles, pois, o venceram [a antiga serpente, que se chama Diabo e Satanás – Ap 12.9] por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida” (Ap 12.11). Com o amor de Cristo em nosso coração, seguimos o exemplo que Ele mesmo deixou para nós: “Pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente” (1 Pe 2.21-25).

Satanás continua a entrar na presença de Deus desafiadoramente, como fazia na época de Jó. Como podemos ter certeza disso? Pelo fato de que ele ainda acusa os irmãos diante do trono de Deus dia e noite, e continuará fazendo isso até o fim (Ap 12.10). Como já dissemos certa vez, e sempre é bom repetir, Satanás é como um presidente no fim do mandato. Ele ainda pode andar livremente pelos corredores do poder e tem bastante influência por trás dos panos. Ele ainda não foi expulso do céu, mas esse dia está chegando:

“Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos; todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles. E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos” (Ap 12.7-9).

Como Satanás será expulso no final? Existe um velho hino que expressa com simplicidade e beleza o que a Escritura retrata:

Em fraqueza, como um derrotado, Ele conquistou a coroa da vitória; Permitindo que pisassem nele, colocou todos os nossos inimigos sob seus pés. Ele abateu o poder de Satanás; Feito pecado, derrotou o pecado. Curvou-se ante o sepulcro, destruiu-o também; e, ao morrer, matou a morte.

Satanás não consegue entender como Cristo, com brandura e aparente fraqueza, pôde triunfar sobre ele. Ele fica confuso com tudo que diz respeito à Cruz. Primeiro, ele inspirou Pedro para impedir Cristo de ir para a Cruz: “Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá” (Mt 16.21-22). Sabemos que Satanás inspirou Pedro por causa da resposta de Cristo: “Arreda, Satanás!” Depois, ele inspirou Judas para entregar Jesus aos rabinos para que eles pudessem conseguir Sua crucificação: “Entrou nele Satanás” (Jo 13.27). Até hoje, Satanás não entendeu nada.

“Na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente” (Sl 16.11).

Na minha opinião, Satanás realmente acha que pode sair vencedor dessa batalha pelos corações e mentes da humanidade. E por que não? Ele oferece exatamente aquilo que treinou o homem para cobiçar: riqueza, bens, prazer hedonista, sexo livre, popularidade, fama, drogas e álcool em abundância, satisfação de todos os seus desejos sensuais. Mas, apesar disso, multidões preferem seguir a Cristo, embora Ele ofereça o ódio e a rejeição do mundo, com perseguição e sofrimento – mas também a eternidade em sua presença, onde há felicidade verdadeira: “Na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente” (Sl 16.11).

E o que acontece com os que fazem a escolha errada e preferem juntar-se a Satanás em sua traição? Deus não tem prazer em castigar os perversos (Ez 33.11), mas a punição de cada um é de acordo com seu crime. Quando lemos o que os líderes ateus dizem a respeito de Deus em flagrante e desafiadora rebeldia, temos certeza de que eles arrancariam Deus de Seu trono se pudessem. Eles odeiam a Deus. Sem dúvida, o tormento eterno no Lago de Fogo por causa de sua traição será a colheita daquilo que eles mesmos semearam.

Veja o que disse Richard Dawkins, líder do movimento do Novo Ateísmo, num debate com John Lennox, um cristão fervoroso e também professor de Oxford, cientista com dois Ph.D.s e que, em seu comentário final, deu testemunho de sua fé em Cristo e na ressurreição de nosso Senhor:

“Sim, bem, esse pedacinho final” – disse Dawkins, com os lábios encurvados de desprezo, a voz gotejando veneno – “entrega o jogo todo, não? Toda aquela história de ciência e física... tudo isso é muito grandioso e maravilhoso, e então, de repente, voltamos à ressurreição de Jesus. Isso é tão insignificante, tão trivial, tão local, tão sem imaginação – tão indigno do universo”.

Mas, para Deus, a Ressurreição foi a maior demonstração de Sua majestade e poder. Que lamentável exibição do ódio mortal que corrói Dawkins! Esse pagão, que obviamente adora a criação ao invés do Criador (Rm 1.21-23), está espumando de raiva. Essa manifestação de seu ódio a Deus vai zombar dele eternamente (Pv 1.20-33), enquanto os céus ressoarão com o eterno mas sempre renovado hino de louvor a Deus e ao Cordeiro: “Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor”. (The Berean Call - http://www.chamada.com.br)

Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, abril de 2009.