Quem sou eu

Minha foto
Recife, Pernambuco, Brazil
Pastor na Igreja Batista Viva Yahweh Shammah - sede - Bomba do Hemetério - Recife-PE - Casado com Tatiana Santa Cruz e pai de Stefany Victória e Sophia Victória. "Instruir o povo na adoração a Deus e viver a simplicidade do Evangelho de Jesus Cristo é a missão que me foi confiada".

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Caneta ungida para passar em concurso público é vendida pela internet

Caneta ungida para passar em concurso público é vendida pela internetNo Mercado Livre, site popular de vendas online, uma vendedora está oferecendo um produto inusitado. Trata-se de “canetas ungidas para concurso público”. Semelhante a umacampanha lançada em 2010 pela Igreja Universal, que oferecia canetas ungidas para seus fiéis passarem em concursos, a vendedora promete que com essa caneta o cliente irá passar no vestibular.
A usuária que oferece as canetas, pelo valor de R$19.90, está cadastrada no site de vendas desde o dia 18 de junho de 2012, e até o fechamento dessa matéria 12 unidades já haviam sido vendidas.
O anúncio da caneta ungida foi muito comentado nas redes sociais e em blogs, e causou indignação entre muitas pessoas, como o blogueiro Eduardo Moreira, que criticou o anúncio.
- Acredito que você precisa acreditar em alguma coisa, nem que seja em você mesmo. Agora, brincar com a fé dos outros, não dá – afirmou Moreira.
- Se essa caneta resolve alguma coisa na hora da prova eu não sei. Não estou aqui para questionar, debater ou duvidar da fé ou crença de ninguém. Apenas sei que uma caneta Bic como a da foto custa apenas R$0,75. Ou seja, a caneta vendida no Mercado Livre ficou 2.533% mais cara após a alegada unção – comentou o advogado Maurício Gieseler, do blog Exame de Ordem.

Fonte: Gospel +
Nota: Meus amados é muita falta de senso. Deus pode  trazer  iluminação ao concurseiro? Sim, em cima daquilo que ele estudou e não por causa de um objeto. Esta prática, não é o evangelho ensinado nas escrituras sagradas, as vezes queremos levar vantagens e acabamos caindo no verso  de Bezerra da Silva, " malandro é malandro e mané é mané!!

Neopentecostais transformam a religião evangélica em um grande Mc Donald's da fé Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/2012/07/neopentecostais-transformam-religiao.html#ixzz21g70lIrq Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial Share Alike

O sociólogo Eduardo Guilherme de Moura Paegle afirmou que as igrejas neopentecostais brasileiras se organizaram nos moldes de uma empresa de fast-food, em um processo que ele chama de “McDonaldização” da fé cristã.

Quem entrar em um templo da Igreja Universal, por exemplo, disse, encontrará a mesma estrutura administrativa e os mesmos cultos, com pouquíssimas variações, quer onde esteja, em São Paulo, Lisboa ou alguma capital africana.

“É como pedir um lanche Big Mac”, afirmou Paegle, que é doutorando pela Universidade Federal de Santa Catarina. “Vale tudo, até pregação pelo celular.”

Ele observou que, assim como os restaurantes de comida rápida, os templos da Universal oferecem várias celebrações durante o dia para pegar quem não tem horário disponível nos horários tradicionais de culto. “Se o fiel dispõe de pouco tempo, é possível dar ao menos uma passadinha no Drive-Thru da Oração.”

Paegle foi um dos estudiosos que a CartaCapital ouviu para compor a reportagem publicada nesta semana sobre a “avalanche evangélica” anunciada recentemente pelo IBGE.

A revista dá destaque para a possibilidade de os evangélicos passarem a representar um terço da população em dez anos. Ainda assim dificilmente a maioria da população se tornará evangélica em algum momento, na avaliação do sociólogo inglês Paul Freston, estudioso sobre o Brasil e professor da Universidade de Wilfrid Laurier, no Canadá.

Freston argumentou que o avanço evangélico vai até certo ponto porque o declínio da Igreja Católica tem um limite. “Há um núcleo sólido que não vai desaparecer.”

Além disso, segundo o professor, a cada duas pessoas que se afastam do catolicismo apenas uma adere a uma religião evangélica. Na avaliação dele, o máximo que os evangélicos podem conseguir são 35% da população.

E mesmo que os evangélicos cheguem a tanto, isso não implicará profundas mudanças na sociedade brasileira, diferentemente, portanto, do que alguns preveem e outros temem. Porque “quanto mais uma religião cresce, mais ela fica parecida com a sociedade na qual está inserida”.

De acordo com as observações do sociólogo Gedeon Alencar, autor do livro "Protestantismo Tupiniquim", já está havendo uma rápida transformação nas igrejas evangélicas.

“Quando eu era criança, os fiéis tinham de vestir roupa sóbria, não podiam usar cosméticos ou qualquer coisa que denotasse vaidade”, disse. “A TV era vista com desconfiança, os jovens não podiam praticar esportes.”

E tudo isso mudou ou está mudando, segundo Alencar. As roupas dos fiéis já não são tão sombrias e os cosméticos foram liberados. “Hoje há os ‘atletas de Cristo’, casas noturnas para evangélicos, bloco de carnaval.”

“Os evangélicos estão cada vez mais parecidos com os brasileiros”, afirmou. E as igrejas — ele poderia acrescentar — se assemelham cada vez mais com as lojas do McDonald's.

Fonte: Genizah

terça-feira, 24 de julho de 2012

IHOP


  Queridos irmãos e simpatizantes do blog quero convidar todos vocês a estarem conosco no dia 31.07.12 na Igreja Batista Viva Yahweh Shammah no Bairro da Bomba do Hemetério, as 19:30 hs. Deus tem uma palavra pra você!! 

Att.Pr. Jevison

SUBMISSA, EU? NEM PENSAR!

Dani Marques

Ao contrário do que muitos pensam, submissão não é sinônimo de fraqueza, mas sim de força. Uma mulher submissa não é escrava, pelo contrário, é livre! Literalmente milhares casais enfrentam grandes problemas porque maridos e esposas não entendem este princípio. A submissão na verdade, é o método de Deus para revelar o seu poder, poder este que pode transformar algo que contribuiria para o nosso mal em algo que irá cooperar para o nosso bem.

O marido não deve governar sobre a mulher, mas sim liderar o lar. O que um líder faz? Direciona. Famílias estão perdidas e desestruturadas porque marido e mulher literalmente disputam por este papel. Mas a Palavra é muito clara, ela não nos deixa dúvidas: o papel de líder é do marido! A Bíblia troca a palavra "líder" por "cabeça", mas o que é uma cabeça sem o restante do corpo? Mulher, você também tem um papel importantíssimo! E pensando nessa questão de liderança, quantas vezes por dia nos submetemos a ela? Pais, professores, chefes, governo, leis de trânsito, entre outros. Submissão é um fato da vida. Por que então é tão difícil para uma mulher se submeter a seu esposo?

Descobri algo muito valioso estudando esse tema. Leiam estes versículos com muita atenção: "Do mesmo modo, mulheres, sujeitem-se a seus maridos, a fim de que, se alguns deles não obedecem à palavra, sejam ganhos sem palavras, pelo procedimento de sua mulher, observando a conduta honesta e respeitosa de vocês. Do mesmo modo vocês, maridos, sejam sábios no convívio com suas mulheres e tratem-nas com honra, como parte mais frágil e co-herdeiras do dom da graça da vida, de forma que não sejam interrompidas as suas orações. 1 Pedro 3:1, 2 e 7

Você quer que seu marido mude? A mudança começa em você. Quer que ele te trate com honra e amor? Então seja submissa a ele, como ato de fé e obediência a Palavra. Marido, quando você deixa de tratar sua esposa com amor, honra e como a parte mais frágil ou usa o seu "poder" para escravizá-la ou humilhá-la, suas orações serão interrompidas, diz o versículo. Ou seja, seu relacionamento com Deus enfraquecerá. O autor do livro Amor e Respeito, Emerson Eggerichs, conta que quando um homem chegava em seu consultório dizendo que se sentia distante de Deus, a primeira pergunta que ele fazia era: "Como está o seu relacionamento com a sua esposa?". Depois de algumas desculpas, os maridos acabavam confessando: "Não está nada bem..."

Esposas, vocês percebem que quando não são submissas e não tratam seus maridos com o devido respeito, faz com que eles não consigam demonstrar o amor que vocês merecem e como consequência, as orações deles são interrompidas? Isso é muito sério! A submissão a seu marido demonstra a sua submissão a Deus. Não é mais uma questão entre você e seu cônjuge, mas sim entre você e Deus!

Vou contar uma história verídica, apenas alterando os nomes: "Rebeca e seu esposo Luiz viviam em pé de guerra. Seu casamento estava por um fio. Rebeca em seu desespero se voltou a Deus clamando por sabedoria. Ela podia ver as falhas e defeitos de Luiz (que eram muitos), mas não sabia mais o que fazer para mudá-lo. Ela começou a procurar a resposta na Bíblia, e quando leu Efésios 5.33 e 1Pedro 3.1, descobriu que deveria respeitar e ser submissa a seu marido, independentemente das suas falhas. Em diversas ocasiões se sentiu humilhada, deprimida, frustrada e com raiva. Chegou ao ponto de quase desistir, mas mesmo assim perseverou. Depois de muita oração, uma transformação sobrenatural aconteceu nas atitudes, hábitos, pensamentos, palavras e no relacionamento de Rebeca com Luiz." Ela agiu com fé e Deus honrou sua obediência. É disso que estou falando!

A esposa tem uma grande responsabilidade, mas os maridos também tem: "Mulheres, sujeitem-se a seus maridos, como ao Senhor, pois o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, que é o seu corpo, do qual ele é o Salvador. Maridos, amem suas mulheres, assim como Cristo amou a igreja... Da mesma forma, os maridos devem amar as suas mulheres como a seus próprios corpos. Quem ama sua mulher, ama a si mesmo. Portanto, cada um de vocês também ame a sua mulher como a si mesmo, e a mulher trate o marido com todo o respeito." Efésios 5:22-33

Percebem que assim que Paulo termina de falar que as mulheres devem ser submissas, quase que no mesmo fôlego ele diz que os maridos devem amar suas esposas? Uma coisa leva a outra. O grande problema é que somos incrédulos. "Eu, ser submissa a ele? Nem pensar! Já tentei de tudo, ele não muda!" ou "Não consigo demonstrar amor a minha mulher com tanto desrespeito. São tantas palavras de críticas e cobranças que já não aguento mais... desisti!" Um casal que pensa desta maneira está caminhando para a destruição de seu casamento e para que isto não aconteça, um dos dois precisará ser maduro o suficiente e dar o primeiro passo, um passo de fé. Outra coisa importante é: A autoridade espiritual do homem no lar só existe quando este promove o amor. Marido, quer que sua esposa seja submissa a você? Ame-a! Esposa, quer que seu marido a trate com amor? Respeite-o! É um verdadeiro ciclo.

Mas a submissão também não pode servir de desculpa para fugir das responsabilidades e nem de álibi para fraqueza. Muitas mulheres com a desculpa da submissão, fazem com que seus maridos vivam suas vidas por elas, tomando as suas decisões. Como já foi dito, a submissão não é um sinal de fraqueza, é uma demonstração de força. Um mulher com espírito e personalidade fortes pode se submeter mais facilmente, pois não se preocupa com os resultados de sua atitude submissa. Ela simplesmente faz o que é certo diante de Deus e crê plenamente que Ele irá cuidar dela, não importam as circunstâncias. Sua submissão revela sua sabedoria. Não existe desigualdade, o ato de gentileza e cuidado para com o seu cônjuge deve ser mútuo. Seja uma mulher sábia, que edifica o lar, auxiliando seu marido a ser um grande líder, através de palavras encorajadoras e atitudes de respeito. Falo sobre isso em dois textos: As palavras podem destruir um relacionamento! e Mulheres: freio na língua!

Quer maior exemplo de submissão do que o de Jesus? Ele sendo o próprio Deus se submeteu a Deus Pai, e pela fé foi capaz de entregar-se a meros homens, enfrentando de bom grado diversas circunstâncias difíceis e além disso, nos ensinou a sermos humildes e "lavarmos os pés" uns dos outros. E este mesmo Jesus também nos ensinou o ponto em que não devemos nos submeter: quando a submissão exige que contrariemos nossa fé em Deus, e para isso, é importante conhecermos muito bem a Palavra. Como está escrito em Oséias 4.6: "O meu povo perece por falta de conhecimento!" Se qualquer autoridade nos mandar fazer algo contrário ao caráter de Deus, temos o direito e a obrigação de nos recusar a fazê-lo. Não podemos aceitar um abuso físico, sexual ou de maus tratos por conta de conceitos pervertidos de submissão.

Outro equívoco está relacionado a mulheres cujos maridos não servem ou não crêem em Deus. Isso não lhes dá o direito de não se submeterem, muito pelo contrário. A Bíblia ensina que através da nossa submissão e pelo nosso exemplo, podemos levá-los a conhecer a Deus e terem suas vidas e atitudes transformadas. Quando discordarmos de uma autoridade, seja em que aspecto for, não devemos nos rebelar, mas sim confiar a situação a Deus. Primeiro nos submetemos a Deus e depois devemos conversar com nosso cônjuge sobre o ponto em discordância, mas com muita humildade, sem explosões emocionais e sem tentar manipular os resultados. Submeter-se aos outros quando estão errados é muito difícil, mas algumas vezes é a única forma de a outra pessoa aprender o que Deus quer lhe ensinar. Iremos desenvolver a confiança em Deus a partir do momento que aprendemos a nos submeter aos outros. Não precisamos ter um líder ou um marido perfeito se temos uma perfeita confiança em Deus!

Quando algumas mulheres lêem o seguinte trecho de 1 Pedro 3: "... do mesmo modo vocês, maridos, sejam sábios no convívio com suas mulheres e tratem-nas com honra, como parte mais frágil e co-herdeiras do dom da graça da vida...", elas ficam furiosas: "Eu, a parte mais frágil? Que absurdo! Quanto machismo!" Vou fazer uma ilustração: Pense em dois vasos, um de porcelana e outro de bronze. Qual é o mais frágil? E qual é o mais valioso? Somos frágeis e valiosas, e assim como os homens, também somos co-herdeiras do dom da graça da vida!

É maravilhoso sentir que meu esposo tem me tratado como um vaso de porcelana, com delicadeza no falar e cuidado ao me tocar. E dessa forma, fica muito mais fácil de eu conseguir respeitá-lo. Sabe de um segredo? Se você não permitir que seu marido a trate como um vaso de porcelana, ou seja, como a parte mais frágil, estará impedindo-o de amá-la... Se seu esposo tem te tratado como vaso de bronze, faça a si mesma a seguinte pergunta: "Será então que estou agindo como tal?"


Alguns trechos foram retirados do livro Mulher Única de Edwin e Nancy Cole




CENSO 2010: Em meio ao crescimento evangélico, há grande retração das denominações protestantes históricas .


BEPEC - Bureau de Pesquisa e Estatística Cristã - libera análise inicial dos microdados do CENSO 2010 sobre religião


Crescimento evangélico: Diversidade e desaceleração


Os resultados do censo 2010 apresentam um vigoroso aumento da população evangélica no decênio 00-10: 61,45%. Entretanto, o crescimento não foi homogêneo entre os diversos grupos de evangélicos. Os pentecostais e a zona cinza (outros) apresentaram variação positiva mais robusta, já as principais igrejas protestantes históricas apresentaram retração, apesar de estarem agrupadas em uma linha classificatória do IBGE apresentando discreto crescimento.

Apesar do crescimento, as previsões anteriores à divulgação do censo eram muito mais otimistas. No final do ano passado a SEPAL - Servindo aos Pastores e Líderes -, entidade de apoio à liderança evangélica, divulgou uma projeção da população evangélica de 57,4 milhões para o ano de 2011 e 109,3 milhões para 2020, um tiro na água. Esta projeção foi bem aceita pela comunidade evangélica e mídia secular, apesar da ressalva de alguns observadores, com destaque para o pastor e blogueiro João Cruzué e Danilo Fernandes, editor do Genizah. Na tabela abaixo, observa-se a série histórica da população evangélica desde 1890, inclusas as variações percentuais e a taxa de crescimento anual composta (CAGR) da população evangélica que apresentou seu ápice no período 91-2000 – período marcado expansão maciça do teleevangelismo, das igrejas neopentecostais, da cultura evangélica e da estabilidade econômica – quando a população de evangélicos praticamente dobrou e a CAGR chega a quase os 8%, dando um salto na média histórica em torno dos 5%. 

Já no último decênio observa-se clara desaceleração discreta da CAGR da série. Para alguns analistas, uma tendência.

Católicos e Evangélicos


Na contra mão dos evangélicos, a população católica segue perdendo terreno desde o início da série histórica de censos a cargo do IBGE, em 1940, quando a participação dos católicos no país era de 95% e entra em queda livre desde o início da década de 80. Neste último decênio, o paraquedas parece ter aberto, mas a tendência ainda é de queda.
Mantidas as tendências atuais, as populações de católicos e evangélicos devem se encontrar entre os anos de 2032-2034.

Os grupos evangélicos no CENSO

O IBGE oferece nos instrumentos de coleta de dados dos censos muitas alternativas de pertencimento religioso para os recenseados, contudo não é possível imaginar que se possa acompanhar a dispersão da religiosidade brasileira, em especial a multiplicação (e a confusão no cenário teológico) denominacional evangélico.


A classificação dos evangélicos em grupos objetiva facilitar a apresentação dos resultados nas tabelas principais. Os critérios utilizados podem ser motivo de alguma crítica (em especial quanto se considera a pluralidade doutrinária), mas objetivam a análise de séries históricas.

As tabelas do CENSO, a princípio, destacam as denominações mais relevantes de cada grupo, mas não todas. Ademais, busca-se a consistência a fim de avaliar séries históricas, por consequência, nota-se a omissão do destaque de denominações importantes, agregadas em linhas “outros” e, em especial, percebe-se a ausência de destaque a grupos relevantes no cenário atual, como é o caso do formado pelas denominações neopentecostais, que estão incluídas na linha de “Outras igrejas Evangélicas de origem pentecostal”, mas também aparecem em linhas de duas denominações com série desde a década de 80 (Universal e Nova Vida), no grupo “Outras Evangélicas” e, provavelmente, em outras linhas claramente abrigando declarações dúbias, imprecisas, etc. Somente avaliando os microdados (o menor nível de desagregação dos dados do censo) é possível construir uma apresentação destacando a participação de um numero maior de denominações.

As igrejas evangélicas históricas em retração


O BEPEC – Bureau de Pesquisa e Estatística Cristã irá disponibilizar uma série de análises feitas a partir dos microdados do CENSO 2010. Neste primeiro artigo focamos as igrejas “evangélicas de missão”.

Este grupo inclui destacadas as igrejas Luteranas, Presbiterianas, Metodistas, Batistas, Congregacionais e Adventistas, onde o plural se justifica pelas subdivisões existentes em todas estas confissões. No mesmo grupo na linha “outras evangélicas de missão”, temos: anglicanas, episcopais, menonitas, exército da salvação e outras.

De pronto, alguns irão questionar a presença da algumas igrejas de migração no grupo, como é o caso da igreja Luterana e Anglicana (ao menos no Brasil). Questionamento maior recai sobre a inclusão dos Adventistas, por questões doutrinárias. Finalmente, na linha dos “Batistas”, é sabido que li se encontram múltiplas convenções, grande ocorrência de comunidades “independentes” e uma diversidade teológica muito grande. Se fosse dada a opção explicita de declaração de pertencimento a algumas igrejas batistas de porte (a título de exemplo, a Igreja Batista da Lagoinha, hoje em diversas localidades) esta deveria estar, para todos os efeitos, entre os neopentecostais, ou no caso do arranjo oferecido pelo censo, no grupo de “outras igrejas de origem pentecostal”. O mesmo valendo para a maioria das “renovadas”, “avivadas” e congêneres.

A tabela a seguir mostra claramente que entre as igrejas de missão, mais comumente associadas à ortodoxia e ao protestantismo histórico observamos, de fato, um encolhimento de membros entre os CENSOS de ano de 2000 e 2010. Na verdade, em alguns casos, um encolhimento severo.


Os grupos que de fato cresceram e “empurraram” o conjunto no seu crescimento de 10,76% são justamente os Adventistas, uma confissão de fé muito distinta dos demais protestantes históricos e o grupo dos batistas apresentando uma diversidade doutrinária muito grande e um percentual presumidamente elevado de classificações de pertencimento muito distantes doutrinariamente dos batistas tradicionais.

Estes números confirmam as objeções apresentadas pelo BEPEC a diversos artigos da mídia secular que tiveram por base uma análise superficial do estudo publicado pela FGV – o mapa das religiões. Estes artigos apontavam, erroneamente, uma certa estagnação das denominações pentecostais e o maior crescimento das denominações tradicionais. Na ocasião, o BEPEC apresentou inúmeras ressalvas aos números apresentados – baseados na pesquisa amostral da POF - e a defesa da tese de retração nas denominações tradicionais.


Previsões para as denominações históricas

Os dados censitários de 2010 confirmam as conclusões apresentadas pelo BEPEC em 2011 e até agravam a expectativa de retração para algumas denominações, como é o caso dos congregacionais, anglicanos, presbiterianos e dos Luteranos que amargaram retração significativa.

Para Danilo Fernandes, diretor do BEPEC, esta retração pode ser uma tendência em reversão. “Podemos depositar nossa esperança na menor mobilidade confessional deste grupo e no crescente interesse da nova geração de protestantes históricos no aprimoramento do conhecimento teológico, como observados na significativa adesão do grupo às ofertas de eventos (congressos, seminários, etc.) e no interesse em pela produção literária.”

Fernandes deposita esperança na visível retração de algumas das grandes denominações neopentecostais, movidas por dissensões e escândalos e na popularização da teologia reformada entre os jovens que buscam conhecimento bíblico na internet. “A rota de muitos decepcionados com a igreja, os órfãos das promessas não cumpridas, é a ortodoxia. Esta não é a estrada mais ampla, mas é uma artéria importante, de formadores de opinião. O crescimento deste grupo têm alimentado nos últimos anos as igrejas tradicionais que sofreram sangrias na primeira metade do último decênio. Eu creio em um retorno. Ademais, é visível o grande crescimento de novas comunidades alinhadas com a teologia reformada. Estas novas igrejas não são contabilizadas no CENSO e na pesquisas amostrais na linha das igrejas de missão (entram na conta de 'outras evangélicas', contudo, teologicamente, se juntam às fileiras da tradição ”, opina Fernandes. “Agora, veja bem, estes são educated guesses de um presbiteriano otimista. Os números são os números e estes não são bons.”, admite Fernandes.




Pesquisadora da Globo afirma que “crescimento dos evangélicos no Brasil representa mudança de visão da sociedade”. Leia na íntegra

Pesquisadora da Globo afirma que “crescimento dos evangélicos no Brasil representa mudança de visão da sociedade”. Leia na íntegraOs dados relativos à religião divulgados pelo IBGE no relatório do Censo 2010 continuam sob debate na sociedade brasileira. O crescimento marcante dos evangélicos, superior a 60%, foi tema de um artigo da escritora e pesquisadora Yvonne Maggie em sua coluna no G1, da Globo, ela é professora titular do Departamento de Antropologia Cultural do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ.
Maggie traçou uma análise sob os aspectos culturais e econômicos, e relaciona o crescimento do protestantismo no Brasil ao sucesso da política econômica do plano Real, que completa 18 anos em 2012. Maggie porém não determina qual dos fatos foi influenciador e qual resultado de influência.
Para a pesquisadora, os dados do IBGE apresentaram “um Brasil bem diverso daquele que prevalecia até o último decênio do século XX”. Segundo ela, “o crescimento da população evangélica parece ser uma das maiores mudanças em termos de visão de mundo ocorridas nos últimos vinte anos no Brasil”.
Perguntas que talvez levem muito tempo para serem respondidas são colocadas por Yvonne Maggie como essenciais em seu artigo, publicado no G1: “O que muda quando 20% de uma população majoritariamente católica passa a se declarar protestante? Em segundo, qual a relação deste fato com o que vem sendo chamado de intolerância religiosa?”, questiona a professora.
Para Maggie, “o Brasil do real e do controle da hiperinflação, que completou 18 anos este ano, foi acompanhado pelo crescimento de uma nova classe média – milhares de pessoas deixaram de viver abaixo da linha da pobreza – e de uma ética centrada na responsabilidade individual, com o crescimento paralelo do número de protestantes”.
A professora e pesquisadora afirma que o sucesso do Plano Real demonstra uma mudança de comportamento da sociedade, coerente com a cosmovisão do protestantismo: “O crescimento espantoso do número de evangélicos no País talvez seja sinal de que as regras morais e os valores indispensáveis ao surgimento do ‘espírito do capitalismo’ são, de fato, complementares às mudanças econômicas e à maior racionalidade na vida cotidiana [...]Não penso ser absurdo admitir que no Brasil do século XXI uma ideologia mais voltada para o indivíduo e para o trabalho tenha sido concomitante à obra dos economistas que planejaram e executaram a estratégia de controle da inflação. A luta contra o clientelismo, ao qual sempre esteve ligada a Igreja católica, faz parte da nova ética necessária à implantação de forma mais racional e menos emocional de gerir a vida cotidiana e, é claro, a vida pública”, observa.
Outras perguntas sobre o tema são feitas por Yvonne Maggie em seu artigo, visando a compreensão da sociedade atual: “Por que tantas pessoas têm abandonado suas pertenças religiosas para aderir à fé protestante? Será possível que mais de 20% de adeptos do protestantismo sejam apenas pessoas ingênuas e manipuladas por falsos pastores que só desejam o seu dízimo?”, interroga.
Maggie pontua que a postura protestante que marca um rompimento da postura de ambiguidade mantida pelo catolicismo com as religiões afro-brasileiras é simbólica: “Os protestantes rompem também com a aliança centenária da Igreja católica com as religiões afro-brasileiras, que ao mesmo tempo as atacava e mantinha uma relação ambígua. Romper os laços com a Igreja católica e com a crença no feitiço representa uma virada radical no cenário cosmológico da vida social brasileira”.
Confira abaixo, a íntegra do artigo “O Brasil não é mais um país apenas católico?”, da professora Yvonne Maggie:
O Censo de 2010 revelou o crescimento significativo da população evangélica no Brasil que passou de 15,4% em 2000 para 22,2% em 2010. Dos que se declararam evangélicos, 60,0% se disseram de origem pentecostal, 18,5%, evangélicos de missão e 21,8 %, evangélicos não determinados. Segundo este mesmo censo, diminuiu o número dos que se designaram católicos ao longo da última década e aumentou o número dos que dizem não ter religião. Estes números apresentam um Brasil bem diverso daquele que prevalecia até o último decênio do século XX.  O crescimento da população evangélica parece ser uma das maiores mudanças em termos de visão de mundo ocorridas nos últimos vinte anos no Brasil. É difícil pensar sobre esse tema sem cair no debate acalorado de posições extremadas. O que significa esse florescimento? O Brasil deixou de ser um país católico?
Dentre as muitas questões que devem ser pensadas sobre o aumento do protestantismo destaco duas que, evidentemente, não esgotam o problema. Em primeiro lugar, o que muda quando 20% de uma população majoritariamente católica passa a se declarar protestante? Em segundo, qual a relação deste fato com o que vem sendo chamado de intolerância religiosa?
Em um post anterior afirmei que o Brasil do real e do controle da hiperinflação, que completou 18 anos este ano, foi acompanhado pelo crescimento de uma nova classe média – milhares de pessoas deixaram de viver abaixo da linha da pobreza – e de uma ética centrada na responsabilidade individual, com o crescimento paralelo do número de protestantes.  Alguns leitores me perguntaram o que tem a ver o aumento do protestantismo com o Plano Real. Há muito tempo venho pensando nesse aspecto da questão. É difícil dizer o que vem antes, o ovo ou a galinha.
O crescimento espantoso do número de evangélicos no País talvez seja sinal de que as regras morais e os valores indispensáveis ao surgimento do “espírito do capitalismo” são, de fato, complementares às mudanças econômicas e à maior racionalidade na vida cotidiana. Max Weber, um dos fundadores, e clássico da sociologia, escreveu sobre isso no século passado. Não penso ser absurdo admitir que no Brasil do século XXI uma ideologia mais voltada para o indivíduo e para o trabalho tenha sido concomitante à obra dos economistas que planejaram e executaram a estratégia de controle da inflação. A luta contra o clientelismo, ao qual sempre esteve ligada a Igreja católica, faz parte da nova ética necessária à implantação de forma mais racional e menos emocional de gerir a vida cotidiana e, é claro, a vida pública.
A pergunta que sempre me faço é por que tantas pessoas têm abandonado suas pertenças religiosas para aderir à fé protestante? Será possível que mais de 20% de adeptos do protestantismo sejam apenas pessoas ingênuas e manipuladas por falsos pastores que só desejam o seu dízimo?
Quando afirmo estas minhas ideias muitos me contradizem  dizendo que os protestantes brasileiros não têm a lógica do calvinismo clássico, europeu, e mostram os alarmantes processos de intolerância religiosa como o que ocorreu no último dia 17 de julho na cidade de Olinda, em Pernambuco. Nessa noite, um grupo de evangélicos empunhando a Bíblia Sagrada invadiu um terreiro onde se realizava um ritual de candomblé, gritando que seus adeptos eram enviados do demônio, de satanás, do capiroto.
A intolerância e a violência devem, é claro, ser combatidas. Não se justificam num país democrático, onde a Constituição prega a liberdade religiosa. O fato é grave e há leis que devem ser acionadas em defesa daqueles que sofrem qualquer tipo de perseguição. Mas é preciso  entender o que está em jogo quando pessoas de credos diferentes se enfrentam, pois o conflito revela mais do que os interesses materiais e diretos daqueles que estão em combate. A intolerância religiosa por parte de alguns evangélicos pode estar vinculada ao fato de almejarem a destruição da crença de que as pessoas são vítimas de ataques místicos, de olho grande, de feitiço o que, segundo eles, retira do indivíduo a responsabilidade sobre seus atos. O caso do “Quebra de xangô” nas Alagoas que narrei em outro post é um caso paradigmático.
A entrevista feita pelo Fantástico da TV Globo com Rosane Collor de Mello, ex-primeira-dama do País, que teve enorme repercussão, talvez seja um bom caso para pensar esta nova ética. Rosane Collor, convertida ao protestantismo, acusou seu ex-marido, quando era presidente, de praticar atos de “magia negra” na residência particular do casal em Brasília. Na entrevista Rosane Collor também falou da conversão da mãe-de-santo Maria Cecília que frequentava a casa da família para realizar rituais de magia negra durante a corrida de Collor para a presidência e, mesmo depois, para protegê-lo dos ataques místicos de seus inimigos, fazendo com que o mal que eles lhe desejavam se voltasse contra eles mesmos. Uma foto mostrando a mãe-de-santo citada na entrevista, subindo a rampa do Palácio do Planalto em 1991 ao lado do presidente vestido de branco, revela as ligações perigosas de Fernando Collor de Mello que possibilitaram as acusações de bruxaria. Rosane Collor disse que apenas ela e a ex-mãe-de-santo Maria Cecília, por terem “aceitado Jesus”, se livraram do que ela chamou de “maldição do Collor”.  Segundo Rosane, só a entrega a Jesus protegeria os indivíduos das tramas nas quais se enredam aqueles que se dedicam a praticar os rituais de magia negra. Só Jesus salva da sina ou da maldição que não permite que o indivíduo se responsabilize pelos seus atos.
É impensável, vinte anos depois do impeachment de Collor de Mello, uma relação tão estreita entre um presidente e uma médium.  A entrega a Jesus propugnada pelos evangélicos, pode ser vista como um rompimento com esta cosmologia do feitiço na qual as pessoas estão sempre tendo de se defender dos ataques místicos e, com isso, dependendo dos que têm esses poderes para livrá-los do mal. O feitiço une assim pessoas e grupos e simboliza o clientelismo na política e na vida social.  Os protestantes rompem também com a aliança centenária da Igreja católica com as religiões afro-brasileiras, que ao mesmo tempo as atacava e mantinha uma relação ambígua. Romper os laços com a Igreja católica e com a crença no feitiço representa uma virada radical no cenário cosmológico da vida social brasileira.
Fonte: Gospel +