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Pastor na Igreja Batista Viva Yahweh Shammah - sede - Bomba do Hemetério - Recife-PE - Casado com Tatiana Santa Cruz e pai de Stefany Victória e Sophia Victória. "Instruir o povo na adoração a Deus e viver a simplicidade do Evangelho de Jesus Cristo é a missão que me foi confiada".

sexta-feira, 18 de março de 2011

Japão luta para conter vazamento de materiais radioativos


Anciã japonesa enfrenta o frio e a neve para conseguir um pouco d'água

Anciã japonesa enfrenta o frio e a neve para conseguir um pouco d'água

A agência de segurança nuclear do Japão informou que a piscina utilizada para resfriar combustível usado no reator 4 da usina nuclear de Fukushima Daiichi, danificada por um terremoto, segue sendo uma grave preocupação. Mais cedo nesta quinta-feira, a agência afirmou que não podia confirmar se há água na piscina. Seis dias depois do início da pior crise nuclear no mundo, após 25 anos, os japoneses iniciaram, nesta quinta-feira, uma série de procedimentos na esperança de diminuir os riscos de vazamento de radiação que, de imediato, já espalha o medo por todo o país.

Baixas concentrações de partículas radioativas, no entanto, estão saindo da usina nuclear danificada em direção ao leste e deverão chegar à América do Norte em alguns dias, previu Lars-Erik De Geer, diretor de pesquisas do Instituto Sueco de Pesquisa em Defesa, uma agência do governo. Ele citou dados de uma rede internacional de estações de monitoramento criada para detectar sinais de testes com armas nucleares. Enfatizando que os níveis detectados não são perigosos à saúde das pessoas, ele previu que as partículas devem seguir viajando pelo Atlântico e eventualmente chegar à Europa.

– Não é algo que você vê normalmente. É somente uma questão de atividade muito, muito baixa, então não é nada com que as pessoas devem se preocupar. No passado, quando eles tinham testes com armas nucleares na China… havia nuvens similares a esta todo o tempo e ninguém se preocupava muito com isso – disse ele por telefone em Estocolmo. De Geer acrescentou estar convencido que, em breve, essas partículas serão detectadas em todo o hemisfério norte.

Antes das declarações de De Geer, o Comitê Regulatório Nuclear dos Estados Unidos aconselhou todos os norte-americanos que vivem perto da usina nuclear de Fukushima, danificada por um terremoto, para que se afastem pelo menos 80 quilômetros do local. O órgão, no entanto, afastou a possibilidade de contaminação nos Estados Unidos.

“Todas as informações disponíveis continuam a indicar que Havaí, Alasca, os territórios dos Estados Unidos e a costa dos Estados Unidos não devem experimentar nenhum nível danoso de radiação”, disse o órgão em comunicado na quarta-feira.

Estoques

O mau funcionamento dos caixas eletrônicos e a ameaça de cortes de energia sobressaltaram nesta quinta-feira a população de Tóquio, onde milhões de pessoas começaram a estocar arroz e outros mantimentos e permanecem trancadas em casa ou aglomeradas nos aeroportos com medo da crise nuclear no Japão. O excesso de transações em algumas agências do banco Mizuho causou a paralisação abrupta de centenas de caixas eletrônicos, e o governo alertou para a possibilidade de grandes apagões, contribuindo com a desordem numa cidade tão habituada à precisão e à eficiência.

Enquanto técnicos lutam para impedir uma catástrofe na usina nuclear de Fukushima, 240 quilômetros ao norte da capital, em Tóquio a calma da população era posta à prova, quase uma semana depois do terremoto de magnitude 8,9 que causou um tsunami e danificou vários reatores da instalação atômica. Alguns moradores estão fugindo, outros solicitaram passaportes, e muita gente estoca o que pode – alimentos, dinheiro ou mesmo ouro, reserva segura em tempos de crise. Num escritório do segundo andar do centro de emissão de passaportes no bairro de Yurakucho, as filas desciam as escadas.

– Não sabemos a razão, mas de repente, desde ontem, tivemos 50% mais gente do que de costume solicitando um passaporte ou pedindo informações sobre como obtê-lo – disse o funcionário Shigeaki Ohashi.

Ruas vazias

Restaurantes normalmente movimentados, que servem sushis e sopas a funcionários de escritórios, ficaram vazios. Muitas escolas estão fechadas. As empresas autorizaram seu pessoal a ficar em casa, e voluntariamente reduziram o consumo de energia. A cidade, habitualmente iluminada por neons, ficou parcialmente escura. O ministro do Comércio, Banri Kaieda, disse que apagões grandes e inesperados são possíveis, embora não muito prováveis.

O banco Mizuho disse que os problemas nos caixas eletrônicos se deveram a uma concentração de operações em algumas agências não identificadas. Os caixas ficaram cerca de duas horas desativados durante a manhã, e voltaram a parar à noite. Era impossível fazer saques em moedas estrangeiras e outras transações.

A busca frenética por arroz, leite e outros alimentos esvaziam as prateleiras de alguns supermercados. Milhares de pessoas compareceram aos aeroportos próximos, mesmo sem passagens, na esperança de reservar voos.

– A vida e a saúde são a prioridade, e não o custo disso, então estou fugindo do Japão, embora eu não queira – disse La Ha-Na, estudante da Coreia do Sul que vive em Tóquio.

A TV mostrou ônibus cheios de pessoas saindo da cidade. Na quinta-feira, a embaixada dos EUA orientou seus cidadãos que estejam num raio de 80 quilômetros em torno da usina de Fukushima a saírem da região ou ficarem dentro de casa, e a Grã-Bretanha também sugeriu a seus cidadãos que “cogitem deixar a área”. Alguns países foram ainda mais longe, pedindo aos seus cidadãos que abandonem o Japão. Os EUA estão fretando aviões para retirar norte-americanos.

Fonte: Correio do Brasil

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