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Pastor na Igreja Batista Viva Yahweh Shammah - sede - Bomba do Hemetério - Recife-PE - Casado com Tatiana Santa Cruz e pai de Stefany Victória e Sophia Victória. "Instruir o povo na adoração a Deus e viver a simplicidade do Evangelho de Jesus Cristo é a missão que me foi confiada".

sábado, 27 de outubro de 2012

O músico, a profissão e a igreja

Pr. Anderson Alcides


“A música (do grego μουσική τέχνη – musiké téchne, a arte das musas) é uma forma de arte que se constitui basicamente em combinar sons e silêncio seguindo uma pré-organização ao longo do tempo.

Há evidências de que a música é conhecida e praticada desde a pré-história. Provavelmente a observação dos sons da natureza tenha despertado no homem, através do sentido auditivo, a necessidade ou vontade de uma atividade que se baseasse na organização de sons. Embora nenhum critério científico permita estabelecer seu desenvolvimento de forma precisa, a história da música confunde-se, com a própria história do desenvolvimento da inteligência e da cultura humana.” [1]

A carreira profissional, seja de qualquer área, exige muita dedicação. A música, além de talento, requer também persistência. É preciso estudar, e muito.

Há muitos séculos atrás, esta classe de profissionais era muito mais valorizada. Para alguém mostrar que era bom, era necessário muito suor.

As pessoas comentavam sobre a obra do músico. A sociedade ficava na expectativa do que o músico iria “aprontar”. Por vezes, a obra não saia muito perfeita, era alvo de críticas. Gente das mais altas classes sociais, muitas vezes encomendavam ao músico uma sinfonia, uma música. Fosse para homenagear alguém, um evento e até guerras.

Por exemplo, a 9ª Sinfonia de Ludwig Van Beethoven (sem entrar muito nos detalhes) foi encomendada pela A Philharmonic Society of London (“Sociedade Filarmônica de Londres”), atual Royal Philharmonic Society (Real Sociedade Filarmônica), em 1817. Em 1824, Beethoven a concluiu. Sete anos de trabalho duro.

Música fala profundo à nossa alma. Ela cria marcas. Faz-nos lembrar de momentos alegres e infelizmente tristes. Quantas vezes não nos sentimos em nostalgia ao ouvir uma música, uma canção, uma sinfonia? Música é arte.

Os tempos mudaram, e como mudaram. Atualmente temos muitos grupos musicais, solistas, bandas. Alguns com competência musical singular, outros acham que a tem – digamos a verdade. Basta alguém montar acordes simples, colocar uma letra e voilá. Mas o músico sério, que trabalha sério, que quer ver seu trabalho honrado e reconhecido, que estuda música anos a fio, sabe que não é bem assim.

Atualmente temos reality shows com o intuito de promover músicos ao mercado. Parece que tá faltando gente boa – deve ser por isso que promovem estes programas. Também não é de se espantar que a concorrência é acirrada. É difícil alguém bom, aparecer do nada com uma bela composição. Alguns começam em barzinho, tocando bossa nova, mpb, sertanejo, até que um agente o descubra. Isto é bastante comum, principalmente no nosso Brasil varonil, em que há tanta gente diferente, com habilidades incríveis.

Não fechamos os olhos de que por trás de tudo isto, está o interesse monetário, mercadológico, e mercenário – tem gente que se presta a cada papel para “brilhar”, não é mesmo?!

Recentemente a Rede Globo de Televisão, fez a versão brasileira do reality show estadunidense, o programa The Voice.

Fiquei espantado (ou nem deveria ficar) com a quantidade de candidatos que disseram que começaram a carreira na igreja.

Já vi músicos que por se dedicarem ao ministério, a sua igreja local, procurando darem o melhor, buscando melhorar o serviço, não foram valorizados, e assim, acabaram deixando o ministério. Seja por falta de incentivo, seja por não conseguir conciliar trabalho, família, e ministério de música, e por fim, terem que optar pelo óbvio, sua sobrevivência.

Outros, que, por uma proposta da igreja local, com o desejo de eles se aperfeiçoassem, se dedicassem exclusivamente a esta área da igreja, não foram bem remunerados e tiveram que buscar trabalho em lugares, e que não seria muito coerente para um cristão.

Afinal, ser músico, também é profissão. Embora muitos parecem não entender. Já viu algum músico comentar que alguém perguntou para ele: “O que você faz?”, e ao responder que é músico, o outro retruca: “Ahh legal, mas você trabalha em quê?”.

Óbvio que há aqueles que fazem seu trabalho na igreja por prazer e não como profissão. Querem ajudar sua comunidade e família de fé, e por já terem também a sua profissão definida, querem apenas servir. Mas quero me ater aqueles que o fazem por profissão, ou seja, que são músicos de profissão (não amadores, mesmo que haja muitos com perfil profissional). Aqueles que estudam dias a fio, com a cara nos livros, com o instrumento em mãos, lendo partituras, tablaturas, cifras, estudando solfejos, técnicas vocais, etc.

Nestes dias, é mais do que necessário investirmos nesta área no contexto ministerial. Muitas canções, ditas evangélicas em nosso meio, infelizmente são tão mundanas quanto qualquer uma que não é entoada no ambiente do culto. Investir nesta área, é também cuidar da saúde espiritual da igreja de Cristo.

Conheço igrejas, que no departamento de música, há músicos profissionais, que atuam exclusivamente para o ministério. São remunerados por isso, afinal digno é o obreiro do seu salário.

Eles analisam letras de canções, se são bíblicas ou não, se a teologia de uma canção é sã, se ela realmente expressas verdades contidas nas Escrituras, se ela exalta a Cristo. Se o ritmo, o arranjo, a letra é de fácil compreensão na congregação.

O mercado gospel tem fabricado muitos cantores, e muitos sem compromisso com Cristo e seu Evangelho. Não são todos. Mas há. Por isso é importante olharmos para este lado da igreja.

Tudo isto me levou a refletir sobre algumas coisas e irei numerá-las:

1) Qual a motivação real de um músico ao iniciar sua vida ministerial na igreja?

2) Será que a liderança está valorizando a carreira musical dos músicos na igreja e com isso dando condições para se aperfeiçoarem?

3) Será que os músicos que começaram na igreja sabem o que é ministério, o que é profissão, suas particularidades, suas diferenças e semelhanças?

4) Nossos ministérios estão preparados para dar o suporte necessário, à pessoa que realmente estudou ou estuda música, para que ela possa se dedicar inteiramente a esta profissão e exercer plenamente na igreja?

5) Se temos condições, porque não investimos nestes irmãos músicos para que se dediquem inteiramente à música na igreja?

6) Será que sabemos ensinar os músicos cristãos a glorificar a Cristo em sua profissão, mesmo que esteja atuando no secular e não dentro da igreja? E muitas vezes tendo que recusar alguns trabalhos porque vão de encontro à sua fé!

Estes são poucos pontos, mas creio que pode nos dar um norte para começarmos a mudar alguns conceitos.

Sei que há muito mais para ser dito. Deixo aberto o espaço para comentários e opiniões. Creio que podemos aprender muito e realmente valorizar esta tão encantadora profissão.

Fonte: Genizah


Sim, você pode falar “membra” Pastor e professor da língua portuguesa fala sobre livro que reúne o português e a Palavra de Deus em um mesmo lugar

Quem já não ouviu uma pessoa dizer “agora fulana virou membra da nossa igreja” e achou a frase um assassinato da língua portuguesa? Mas desde 2009, a palavra passou a ser aceita pelo Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, VOLP, e pela Academia Brasileira de Letras. Essa e outras curiosidades, o pastor e professor, Samuel Ferreira ensina no livro “Com a Palavra, o Português”, lançado em julho deste ano.
A obra reúne o português utilizado no dia a dia com citações bíblicas. Samuel ensina a palavra com exemplos extraídos da Palavra de Deus. “Procuro ensinar o português e despertar o não crente a ler a Bíblia e o contrário também. Ensinar aqueles que gostam da Bíblia, a gramática da língua portuguesa”, diz Samuel. O professor explica que situações com erros gramaticais são recorrentes dentro das igrejas, como as frases: “Irmão, não pode idolatrar porque ela não é idola de ninguém”, “Nós somos todos unido” ou “é um previlégio servir o Senhor”.
Segundo o escritor, os principais erros são relacionados a advérbios invariáveis, conjugações e plural. Na forma oral, a linguagem não precisa ser culta, mas durante os cultos a língua formal é a mais aconselhada pela variedade do público que assiste, ensina Samuel. “Uma vez estava em uma reunião com uma pessoa e a cada minuto ela fazia uma observação de um erro que o pastor pronunciava, então percebo que a falta do bom português dificultou a absorção da Palavra de Deus pelo meu irmão”.
Samuel sorri ao mostrar opróprio livro
Samuel ainda acrescenta que muitos cristãos leem a Bíblia apenas durante os cultos do final de semana. “As escrituras são ricas e cheias de informações que produzem vida no nosso espírito e nos dão conhecimento. Sua leitura é totalmente imprescindível”, conclui.
O segredo da boa oralidade e escrita é falar com simplicidade coisas complexas. Jesus partia deste princípio ao usar do conhecimento do povo para passar o conhecimento do reino de Deus. O professor Samuel ensina que um dos versículos da Bíblia diz que a multidão se admirava com a doutrina de Jesus, pela forma clara e a autoridade que ensinava.
“Com a Palavra, o português”
No livro essa e outras dicas são transmitidas a partir de referências bíblicas. São 1800 citações em 12 versões diferentes. Samuel produziu o conteúdo em 10 anos de pesquisa. Na obras, encontram-se também histórias engraçadas, origens das palavras.
Fonte: Lagoinha.com